VERSO 24
mahad-guṇān ātmani kartum īśaḥ
kaḥ stāvakaiḥ stāvayate ’sato ’pi
te ’syābhaviṣyann iti vipralabdho
janāvahāsaṁ kumatir na veda
mahat — elevadas; guṇān — as qualidades; ātmani — em si mesmo; kartum — manifestar; īśaḥ — competente; kaḥ — quem; stāvakaiḥ — por seguidores; stāvayate — causas para ser louvado; asataḥ — inexistindo; api — embora; te — elas; asya — dele; abhaviṣyan — podia ter sido; iti — assim; vipralabdhaḥ — enganado; jana — de pessoas; avahāsam — insulto; kumatiḥ — um tolo; na — não; veda — sabe.
Como poderia um homem inteligente, competente o bastante para possuir tão elevadas qualidades, permitir a seus seguidores que o louvassem se realmente não as tivesse? Louvar um homem dizendo que se ele fosse educado poderia tornar-se um grande erudito ou uma grande personalidade não passa de um processo de enganação. Uma pessoa tola que concorda em aceitar tal louvor não sabe que essas palavras simplesmente a insultam.
SIGNIFICADO—Pṛthu Mahārāja era uma encarnação da Suprema Personalidade de Deus, conforme já haviam comprovado o senhor Brahmā e outros semideuses ao presentearem o rei com muitos presentes celestiais. Contudo, visto que acabara de ser coroado, ele não pudera manifestar na prática suas qualidades divinas. Portanto, ele não desejava aceitar o louvor dos devotos. Assim chamadas encarnações da Divindade devem, portanto, aprender uma lição do comportamento do rei Pṛthu. Demônios sem qualidades divinas não devem aceitar louvores falsos de seus seguidores.