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VERSO 26

saiṣā nūnaṁ vrajaty ūrdhvam
anu vainyaṁ patiṁ satī
paśyatāsmān atītyārcir
durvibhāvyena karmaṇā

— ela; eṣā — isto; nūnam — decerto; vrajati — indo; ūrdhvam­ — para cima; anu — seguindo; vainyam — o filho de Vena; patim­ — esposo; satī — casta; paśyata — vede só; asmān — nos; atītya — ultra­passando; arciḥ — chamada Arci; durvibhāvyena — por inconcebí­veis; karmaṇā — atividades.

As esposas dos semideuses prosseguiram: Vede só como essa casta senhora, Arci, devido a suas inconcebíveis atividades piedosas, ainda está seguindo seu esposo, ascendendo com ele, tanto quanto podemos ver.

SIGNIFICADO—Tanto o aeroplano de Pṛthu Mahārāja quanto o aeroplano que levava a rainha Arci estavam passando fora da visão das damas dos sistemas planetários superiores. Essas damas estavam simples­mente boquiabertas de ver a posição tão elevada atingida por Pṛthu Mahārāja e sua esposa. Apesar de serem esposas de habitantes dos sistemas planetários superiores e Pṛthu Mahārāja ser habitante de um sistema planetário inferior (a Terra), o rei, juntamente com sua esposa, ultrapassou os domínios dos semideuses e continuou subindo até Vaikuṇṭhaloka. A palavra ūrdhvam (“para cima”) é significativa nesta passagem, pois as damas que falavam eram dos sistemas planetários superiores, que incluem a Lua, o Sol e Vênus, até Brahmaloka, ou seja, o planeta mais elevado. Além de Brahma­loka, está o céu espiritual, onde existem inúmeros Vaikuṇṭhalokas. Assim, a palavra ūrdhvam indica que os planetas Vaikuṇṭha estão além ou acima desses planetas materiais, e era para esses planetas Vaikuṇṭha que Pṛthu Mahārāja e sua esposa estavam indo. Isso também indica que, ao abandonarem seus corpos materiais na fo­gueira material, Pṛthu Mahārāja e sua esposa, Arci, desenvolveram imediatamente seus corpos espirituais e embarcaram em aeroplanos espirituais, que podiam penetrar os elementos materiais e alcançar o céu espiritual. Como foram levados por dois aeroplanos distintos, pode-se concluir que, mesmo após serem cremados na pira funerá­ria, eles permaneceram como pessoas distintas e individuais. Em outras palavras, eles nunca perderam sua identidade nem se tornaram vazios, como imaginam os impersonalistas.

As damas nos sistemas planetários superiores eram capazes de ver tanto acima quanto abaixo de suas regiões. Ao olharem para baixo, puderam ver que o corpo de Pṛthu Mahārāja estava sendo cremado e que sua esposa, Arci, estava entrando na fogueira, e, ao olharem para cima, puderam vê-los sendo transportados em dois aeroplanos para os Vaikuṇṭhalokas. Tudo isso só é possível median­te durvibhāvyena karmaṇā, atividades inconcebíveis. Pṛthu Mahā­rāja era um devoto puro, e sua esposa, a rainha Arci, simplesmente seguia o esposo. Assim, ambos podem ser considerados devotos puros, o que os capacita a realizar atividades inconcebíveis. Seme­lhantes atividades não são possíveis para homens comuns. Na ver­dade, os homens comuns não podem sequer adotar o serviço devocional ao Senhor, tampouco podem as mulheres comuns manter tais votos de castidade e seguir seus esposos em todas as ocasiões. Uma mulher não precisa alcançar altas qualificações, mas, se ela simplesmente seguir os passos de seu esposo, que precisa ser um devoto, então, tanto esposo quanto esposa se libertarão e serão promovidos aos Vaikuṇṭhalokas. As atividades inconce­bíveis de Mahārāja Pṛthu e sua esposa evidenciam isso.

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