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VERSO 22

matta-bhramara-sausvarya-
hṛṣṭa-roma-latāṅghripam
padma-kośa-rajo dikṣu
vikṣipat-pavanotsavam

matta — enlouquecidas; bhramara — abelhas; sau-svarya — com grande zumbido; hṛṣṭa — alegremente; roma — pelo sobre o corpo; latā — trepadeiras; aṅghripam — árvores; padma — flor de lótus; kośa­ — verticilo; rajaḥ — açafrão; dikṣu — em todas as direções; vikṣipat — atirando; pavana — ar; utsavam — festival.

Havia diversas árvores e trepadeiras em toda parte do lago, e havia abelhas ensandecidas zumbindo sobre elas. As árvores pareciam muito alegres devido ao doce zumbido das abelhas, e o açafrão, contido nas flores de lótus, estava sendo difundido pelo ar. Tudo isso criava uma atmosfera que fazia parecer que acontecia um festival ali.

SIGNIFICADO––As árvores e trepadeiras também são diferentes classes de seres vivos. Quando as abelhas chegam às árvores e trepadeiras para colher mel, certamente essas plantas ficam muito felizes. Em uma oca­sião assim, o vento também tira proveito da situação, atirando o pólen ou o açafrão contido nas flores de lótus. Tudo isso se combina com a doce vibração criada pelos cisnes e a calma da água. Os Pra­cetās consideraram a atmosfera desse lugar semelhante à de um fes­tival incessante. A partir dessa descrição, parece que os Pracetās tinham chegado a Śivaloka, que se supõe estar situado próximo às mon­tanhas dos Himalaias.

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