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VERSOS 57-61

kvacit pibantyāṁ pibati
madirāṁ mada-vihvalaḥ
aśnantyāṁ kvacid aśnāti
jakṣatyāṁ saha jakṣiti

kvacid gāyati gāyantyāṁ
rudatyāṁ rudati kvacit
kvacid dhasantyāṁ hasati
jalpantyām anu jalpati

kvacid dhāvati dhāvantyāṁ
tiṣṭhantyām anu tiṣṭhati
anu śete śayānāyām
anvāste kvacid āsatīm

kvacic chṛṇoti śṛṇvantyāṁ
paśyantyām anu paśyati
kvacij jighrati jighrantyāṁ
spṛśantyāṁ spṛśati kvacit

kvacic ca śocatīṁ jāyām
anu śocati dīnavat
anu hṛṣyati hṛṣyantyāṁ
muditām anu modate

kvacit — às vezes; pibantyām — enquanto bebia; pibati — ele bebia; madirām — bebida alcoólica; mada-vihvalaḥ — estando embriagado; aśnantyām — enquanto ela comia; kvacit — às vezes; aśnāti — ele comia; jakṣatyām — enquanto ela mastigava; saha — com ela; jakṣiti — ele mastigava; kvacit — às vezes; gāyati — ele costumava cantar; gāyantyām — enquanto sua esposa cantava; rudatyām — quando a esposa chorava; rudati — ele também chorava; kvacit — às vezes; kvacit — às vezes; hasantyām — enquanto ela ria; hasati — ele também ria; jalpantyām — enquanto ela falava libertinamente; anu — seguindo-a; jalpati — ele também falava libertinamente; kvacit — às vezes; dhāvati — ele também caminhava; dhāvantyām — quando ela caminhava; tiṣṭhan­tyām — enquanto ela ficava calada; anu — acompanhando-a; tiṣṭhati­ — ele se punha de pé; anu — seguindo-a; śete — ele costumava deitar-se; śayānāyām — enquanto ela estava deitada na cama; anu — seguindo-a; āste — ele também se sentava; kvacit — às vezes; āsatīm — enquanto ela estava sentada; kvacit — às vezes; śṛṇoti — ele ouvia; śṛṇvantyām — enquanto ela se punha a ouvir; paśyantyām — enquanto ela via algo; anu — acompanhando-a; paśyati — ele também via; kvacit — às vezes; jighrati — ele cheirava; jighrantyām — enquanto sua esposa cheirava; spṛśantyām — enquanto a esposa tocava; spṛśati — ele também to­cava; kvacit — nessa altura; kvacit ca — também às vezes; śocatīm — quando ela se lamentava; jāyām — sua esposa; anu — acompanhando-a; śocati — ele também se lamentava; dīna-vat — como um pobre homem; anu — acompanhando-a; hṛṣyati — ele desfrutava; hṛṣyantyām — quando ela sentia prazer; muditām — quando ela estava satis­feita; anu — acompanhando-a; modate — ele sentia satisfação.

Quando a rainha consumia bebidas alcoólicas, o rei Purañjana também se punha a beber. Quando a rainha jantava, ele costumava jantar com ela, e quando ela mastigava, o rei Purañjana mastigava com ela. Quando a rainha cantava, ele também cantava. Do mesmo modo, quando a rainha chorava, ele também chorava, e quando ela ria, ele também ria. Se a rainha falava libertinamente, ele também falava libertinamente, e, se a rainha caminhava, o rei caminhava atrás dela. Quando a rainha se levantava, o rei também se levan­tava, e quando a rainha se deitava na cama, ele também a seguia e se deitava com ela. Se a rainha se sentava, ele também se sentava, e se a rainha ouvia algo, ele a acompanhava em ouvir a mesma coisa. Quando a rainha via algo, o rei também olhava para aquilo, e quando a rainha cheirava algo, o rei a acompanhava, cheiran­do a mesma coisa. Quando a rainha tocava em algo, o rei tam­bém tocava, e quando a querida rainha se lamentava, o pobre rei também tinha que a acompanhar em sua lamentação. Da mesma maneira, se a rainha sentia prazer, ele também desfru­tava, e se a rainha estava contente, o rei também se sentia contente.

SIGNIFICADO––A mente é o local onde se encontra o eu, e a mente é conduzida pela inteligência. A entidade viva, situada dentro do coração, segue a inteligência. Nesta passagem, a rainha representa a inteligência, e a alma, sob o controle mental, acompanha a inteligência material assim como o rei acompanha sua esposa. Em conclusão, a inteli­gência material é a causa do cativeiro da entidade viva. A ideia é que é preciso adotar a inteligência espiritual para escapar deste enredamento.

Na vida de Mahārāja Ambariṣa, observamos que o grande Mahā­rāja, em primeiro lugar, absorveu sua mente nos pés de lótus de Kṛṣṇa. Dessa maneira, sua inteligência se purificou. Mahārāja Am­barīṣa também usava seus outros sentidos a serviço do Senhor. Ele ocupava seus olhos em ver a Deidade no templo, belamente deco­rada com flores. Ele ocupava o olfato, cheirando as flores, e ocupa­va suas pernas caminhando até o templo. Suas mãos ocupavam-se em limpar o templo, e seus ouvidos, em ouvir sobre Kṛṣṇa. Sua língua se ocupava de duas maneiras: em falar sobre Kṛṣṇa e em saborear a prasāda oferecida à Deidade. Os materialistas, que estão sob total controle da inteligência material, não podem executar todas essas atividades. Assim, consciente ou inconscientemente, eles ficam enredados pelos ditames da inteligência material. Esse fato é resumido no verso seguinte.

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