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VERSO 4

cacāra mṛgayāṁ tatra
dṛpta ātteṣu-kārmukaḥ
vihāya jāyām atad-arhāṁ
mṛga-vyasana-lālasaḥ

cacāra executou; mṛgayām — caça; tatra — ali; dṛptaḥ — estando orgulhoso; ātta — tendo pegado; iṣu — flechas; kārmukaḥ — arco; vihāya — abandonando; jāyām — sua esposa; a-tat-arhām — embora impossível; mṛga — caçando; vyasana — perversidade; lālasaḥ estando inspirado por.

Era quase impossível para o rei Purañjana abandonar a companhia de sua rainha, mesmo por um momento. Todavia, naquele dia­, estando bastante inspirado pelo desejo de caçar, ele pegou de seu arco e flechas e, com muito orgulho, foi para a floresta, não se importando com sua consorte.

SIGNIFICADO—Uma forma de caça é conhecida como caça às mulheres. Uma alma condicionada nunca fica satisfeita com uma só esposa. Aqueles cujos sentidos são muito descontrolados tentam especial­mente caçar muitas mulheres. O fato de o rei Purañjana ter abandonado a companhia de sua mulher religiosamente desposada representa a tentativa da alma condicionada de caçar muitas mulheres visando ao gozo dos sentidos. Onde quer que o rei vá, supõe-se que ele esteja acompanhado por sua rainha, porém, quando a rei, ou alma condicionada, fica muito dominado pelo desejo de gozo dos sentidos, ele não se importa com os princípios religiosos. Ao contrário, com muito orgulho, ele aceita o arco e as flechas do apego e do ódio. Nossa consciência está sempre funcionando de duas maneiras – da maneira correta e da maneira errada. Quem se torna muito orgulhoso de sua posição, influenciado pelo modo da paixão, abandona o caminho correto e aceita o errado. Os reis kṣatriyas às vezes são aconselhados a ir à floresta caçar animais ferozes simplesmente para aprender a matar, mas semelhantes incursões nunca se destinam ao gozo dos sentidos. Proíbe-se aos seres humanos matar animais para comer-lhes a carne.

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