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VERSO 13

kaṇḍoḥ pramlocayā labdhā
kanyā kamala-locanā
tāṁ cāpaviddhāṁ jagṛhur
bhūruhā nṛpa-nandanāḥ

kaṇḍoḥ — do sábio Kaṇḍu; pramlocayā — com uma moça da sociedade celestial chamada Pramlocā; labdhā — obtida; kanyā — filha; kamala-locanā — de olhos de lótus; tām — a ela; ca — também; apa­viddhām — abandonada; jagṛhuḥ — aceitaram; bhūruhāḥ — as árvo­res; nṛpa-nandanāḥ — ó filhos do rei Prācīnabarhiṣat.

Ó filhos do rei Prācīnabarhiṣat, a moça da sociedade celestial chamada Pramlocā deixou a filha de Kaṇḍu, de olhos de lótus, aos cuidados das árvores da floresta. Então, ela regressou ao planeta celestial. Essa filha nasceu da cópula da Apsarā chamada Pramlocā com o sábio Kaṇḍu.

SIGNIFICADO—Sempre que um grande sábio pratica rigorosas austeridades em troca de poder material, o rei do céu, Indra, fica muito invejoso. Todos os semideuses têm atribuições de responsabilidade na admi­nistração dos afazeres universais e são muito altamente qualificados com atividades piedosas. Apesar de serem entidades vivas comuns, eles são capazes de alcançar postos de alta responsabilidade, como os do senhor Brahmā, de Indra, de Candra e de Varuṇa. Conforme é da natureza deste mundo material, o rei do céu, Indra, fica muito ansioso se um grande sábio pratica rigorosas austeridades. Todo o mundo material está tão cheio de semelhante inveja que todos temem o próximo. Todos os homens de negócio temem seus sócios porque este mundo material é o campo de atividades para toda espécie de pessoas invejosas, as quais vieram aqui para com­petir com a opulência da Suprema Personalidade de Deus. Assim, Indra ficou com muito medo das rigorosas austeridades praticadas pelo grande sábio Kaṇḍu, e enviou Pramlocā para quebrar seus votos e interromper suas austeridades. Um incidente semelhante ocorreu no caso de Viśvāmitra. Levando-se em conta outros incidentes relatados nos śāstras, parece que Indra sempre foi invejoso. Quando o rei Pṛthu estava celebrando vários sacrifícios, superando Indra, este ficou muito invejoso, e perturbou o sacrifício do rei Pṛthu. Isso já foi relatado em capítulos anteriores. O rei Indra teve sucesso em quebrar o voto do grande sábio Kaṇḍu, que se sentiu atraído pela beleza da moça da sociedade celestial chamada Pramlocā e gerou nela uma menina. Descreve-se nesta passagem que essa criança tinha olhos de lótus e era muito bela. Sendo assim exitosa em sua missão, Pramlocā regressou aos planetas celestiais, dei­xando a criança recém-nascida aos cuidados das árvores. Felizmen­te, as árvores aceitaram a criança e concordaram em criá-la.

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