VERSOS 50-51
yo jāyamānaḥ sarveṣāṁ
tejas tejasvināṁ rucā
svayopādatta dākṣyāc ca
karmaṇāṁ dakṣam abruvan
taṁ prajā-sarga-rakṣāyām
anādir abhiṣicya ca
yuyoja yuyuje ’nyāṁś ca
sa vai sarva-prajāpatīn
yaḥ — aquele que; jāyamānaḥ — logo após seu nascimento; sarveṣām — de todos; tejaḥ — o brilho; tejasvinām — brilhante; rucā — pela refulgência; svayā — sua; upādatta — encoberto; dākṣyāt — por ser perito; ca — e; karmaṇām — em atividades fruitivas; dakṣam — Dakṣa; abruvan — foi chamado; tam — a ele; prajā — seres vivos; sarga — gerando; rakṣāyām — quanto à manutenção; anādiḥ — o primogênito, senhor Brahmā; abhiṣicya — tendo apontado; ca — também; yuyoja — ocupou; yuyuje — ocupados; anyān — outros; ca — e; saḥ — ele; vai — decerto; sarva — todos; prajā-patīn — progenitores de entidades vivas.
Após nascer, Dakṣa, pela excelência extraordinária do brilho de seu corpo, encobriu a opulência corpórea de todos os demais. Por ser muito perito em realizar atividades fruitivas, foi chamado de Dakṣa, que significa “muito perito”. O senhor Brahmā, portanto, conferiu a Dakṣa a tarefa de gerar entidades vivas e mantê-las. Com o transcurso do tempo, Dakṣa também ocupou outros Prajāpatis [progenitores] no processo de geração e manutenção.
SIGNIFICADO—Dakṣa tornou-se quase tão poderoso como o senhor Brahmā. Em consequência disso, o senhor Brahmā o ocupou em gerar população. Dakṣa era muito influente e rico. Por iniciativa própria, Dakṣa ocupou outros Prajāpatis, liderados por Marīci, na mesma atividade. Dessa maneira, a população do universo aumentou.
Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do quarto canto, trigésimo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “As Atividades dos Pracetās”.