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VERSO 28

imāṁ tu kauṣāraviṇopavarṇitāṁ
kṣattā niśamyājita-vāda-sat-kathām
pravṛddha-bhāvo ’śru-kalākulo muner
dadhāra mūrdhnā caraṇaṁ hṛdā hareḥ

imām — tudo isto; tu — então; kauṣāraviā — por Maitreya; upavar­itām — descrito; kṣattā — Vidura; niśamya — após ouvir; ajita-vāda — glorificação ao Senhor Supremo; sat-kathām — mensagem transcendental; pravṛddha — aumentados; bhāvaḥ — êxtases; aśru — de lágrimas; kalā — por partículas; ākulaḥ — tomado; muneḥ — do grande sábio; dadhāra — cativado; mūrdhnā — pela cabeça; caraṇam — os pés de lótus; hṛdā — pelo coração; hareḥ — da Suprema Personali­dade de Deus.

Meu querido rei, dessa maneira, após ouvir o grande sábio Maitreya transmitir as mensagens transcendentais da Suprema Personalidade de Deus e Seus devotos, Vidura se encheu de êxtase. Com lágrimas nos olhos, ele imediatamente caiu aos pés de lótus de seu guru, seu mestre espiritual. Então, fixou a Suprema Personalidade de Deus no âmago de seu coração.

SIGNIFICADO—Este é um sinal da associação com grandes devotos. Um devoto recebe instruções de uma alma liberada e, assim, enche-se de êxtase devido ao prazer transcendental. Como afirma Prahlāda Mahārāja:

naiṣāṁ matis tāvad urukramāṅghriṁ
spṛśaty anarthāpagamo yad-arthaḥ
mahīyasāṁ pāda-rajo-’bhiṣekaṁ
niṣkiñcanānāṁ na vṛṇīta yāvat

(Śrīmad-Bhāgavatam 7.5.32)

Não é possível tornar-se um devoto perfeito do Senhor sem ter tocado os pés de lótus de um grande devoto. Quem nada tem a ver com este mundo material chama-se niṣkiñcana. O processo de auto­rrealização (o caminho de volta ao lar, de volta ao Supremo) significa render-se ao mestre espiritual fidedigno e colocar a poeira de seus pés de lótus sobre a cabeça. É assim que se avança no caminho da compreensão transcendental. Vidura tinha essa relação com Mai­treya, de modo que alcançou os resultados.

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