VERSO 4
pūṣā tu yajamānasya
dadbhir jakṣatu piṣṭa-bhuk
devāḥ prakṛta-sarvāṅgā
ye ma uccheṣaṇaṁ daduḥ
pūṣā — Pūṣā; tu — mas; yajamānasya — do executor do sacrifício; dadbhiḥ — com os dentes; jakṣatu — mastigar; piṣṭa-bhuk — comendo farinha; devāḥ — os semideuses; prakṛta — feita; sarva-aṅgāḥ — completo; ye — quem; me — a mim; uccheṣaṇam — um quinhão do sacrifício; daduḥ — deram.
O semideus Pūṣā será capaz de mastigar somente por intermédio dos dentes de seus discípulos e, se estiver sozinho, terá de contentar-se comendo massa feita de farinha de grão-de-bico. Mas os semideuses que concordaram em me dar o meu quinhão do sacrifício se recuperarão de todos os ferimentos.
SIGNIFICADO—O semideus Pūṣā tornou-se dependente de seus discípulos para mastigar. Caso contrário, ele teria permissão de engolir somente massa feita de farinha de grão-de-bico. Assim, sua punição continuou. Ele não poderia usar seus dentes para comer, uma vez que rira do senhor Śiva, zombando dele ao mostrar-lhe os dentes. Em outras palavras, não era correto que ele tivesse dentes, pois ele os havia usado contra o senhor Śiva.