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VERSO 42

nāhaṁ ninde na ca staumi
sva-bhāva-viṣamaṁ janam
eteṣāṁ śreya āśāse
utaikātmyaṁ mahātmani

na — não; aham — eu; ninde — blasfemo; na — nem; ca — também; staumi — louvo; sva-bhāva — cuja natureza; viṣamam — contraditória; janam — uma entidade viva ou ser humano; eteṣām — de todos eles; śreyaḥ — o benefício último; āśāse — oro por; uta — na verdade; aikātmyam — unidade; mahā-ātmani — na Superalma, o Parabrahman (Kṛṣṇa).

Diferentes pessoas têm diferentes mentalidades. Portanto, não me cabe louvá-las ou blasfemá-las. Só desejo o bem-estar delas, esperando que elas concordem em se tornarem unas com a Superalma, a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa.

SIGNIFICADO—Assim que chega à plataforma de bhakti-yoga, a pessoa compreende plenamente que Vāsudeva, a Suprema Personalidade de Deus, é a meta da vida (vāsudevaḥ sarvam iti sa mahātmā sudurlabhaḥ). Essa é a instrução de toda a literatura védica (vedaiś ca sarvair aham eva vedyaḥ, sarva dharmān parityajya mām ekaṁ śaraṇaṁ vraja). Não faz sentido louvar as qualificações materiais de alguém ou blasfemá-lo porque ele tem desqualificações materiais. No mundo material, bondade ou maldade não têm significado porque, se alguém for bom, poderá ser elevado ao sistema planetário superior, mas, se ele for mau, poderá ser rebaixado aos sistemas planetários inferiores. Pessoas de diferentes mentalidades ora se elevam, ora se degradam, mas essa não é a meta da vida. Ao contrário, a meta da vida consiste em a pessoa se livrar da elevação ou degradação e adotar a consciência de Kṛṣṇa. Portanto, a pessoa santa não discrimina entre o que é supostamente bom e supostamente mau; em vez disso, ela deseja que todos sejam felizes em consciência de Kṛṣṇa, pois é nisso que consiste a meta última da vida.

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