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VERSO 46

nirūpyatām iha svārthaḥ
kiyān deha-bhṛto ’surāḥ
niṣekādiṣv avasthāsu
kliśyamānasya karmabhiḥ

nirūpyatām — que se determine; iha — neste mundo; sva-arthaḥ — benefício pessoal; kiyān — quanto; deha-bhṛtaḥ — da entidade viva que tem corpo material; asurāḥ — ó filhos de demônios; niṣeka-ādiṣu — partindo da felicidade conseguida na vida sexual; avasthāsu — nas condições temporárias; kliśyamānasya — de alguém que sofre consideráveis reveses; karmabhiḥ — devido às suas atividades materiais anteriores.

Meus queridos amigos, ó filhos de asuras, a entidade viva recebe diferentes espécies de corpos de acordo com suas atividades fruitivas anteriores. Assim, começando com sua inserção no ventre, ela passa a sofrer no corpo específico que ela obtém nos diversos níveis de vida. Por favor, fazei uma análise criteriosa e dizei-me, então, que verdadeiro benefício aguarda a entidade viva que se entrega às atividades fruitivas, as quais produzem dor e sofrimento.

SIGNIFICADO—Karmaṇā daiva-netreṇa jantur dehopapattaye. A entidade viva recebe uma determinada classe de corpo de acordo com seu karma, ou atividades fruitivas. O prazer mundano que, no mundo material, obtém-se em um corpo específico se baseia no prazer sexual: yan maithunādi-gṛhamedhi-sukhaṁ hi tuccham. O mundo inteiro trabalha muito arduamente apenas em busca do prazer sexual. Para desfrutar de prazer sexual e manter seu nível de vida material, a pessoa se obriga a trabalhar com muito afinco, e, devido a essas atividades, ela prepara outro corpo material para si. Prahlāda Mahārāja colocou diante de seus amigos asuras este assunto para que eles o analisassem. De um modo geral, os asuras não conseguem entender que os objetos do prazer sexual, o pretenso prazer da vida material, dependem de um trabalho extremamente árduo.

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