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VERSO 9

jahy āsuraṁ bhāvam imaṁ tvam ātmanaḥ
samaṁ mano dhatsva na santi vidviṣaḥ
ṛte ’jitād ātmana utpathe sthitāt
tad dhi hy anantasya mahat samarhaṇam

jahi — simplesmente abandona; āsuram — demoníaca; bhāvam — tendência; imam — esta; tvam — tu (meu querido pai); ātmanaḥ — tua própria; samam — equânime; manaḥ — a mente; dhatsva — torna; na — não; santi — são; vidviṣaḥ — inimigos; ṛte — exceto; ajitāt — descontrolada; ātmanaḥ — a mente; utpathe — no errôneo caminho das tendências indesejáveis; sthitāt — estando situada; tat hi — esta (mentalidade); hi — na verdade; anantasya — ao Senhor ilimitado; mahat — o melhor; samarhaṇam — método de adoração.

Prahlāda Mahārāja continuou: Meu querido pai, por favor, abandona tua mentalidade demoníaca. Em teu coração, não discrimines entre amigos e inimigos; procura ter uma mente equânime com todos. A não ser a mente descontrolada e desencaminhada, não existe inimigo algum neste mundo. Quando uma pessoa vê todos na plataforma de igualdade, ela consegue adorar o Senhor perfeitamente.

SIGNIFICADO—Quem não é capaz de fixar a mente nos pés de lótus do Senhor não consegue controlá-la. Como Arjuna diz na Bhagavad-gītā (6.34):

cañcalaṁ hi manaḥ kṛṣṇa
pramāthi balavad dṛḍham
tasyāhaṁ nigrahaṁ manye
vāyor iva suduṣkaram

“A mente é inquieta, turbulenta, obstinada e muito forte, ó Kṛṣṇa, parece-me que subjugá-la é mais difícil do que controlar o vento.” O único processo genuíno para se controlar a mente é torná-la fixa através do serviço ao Senhor. Criamos inimigos e amigos de acordo com os ditames da mente, mas, na verdade, não existem amigos nem inimigos. Paṇḍitāḥ sama-darśinaḥ. Samaḥ sarveṣu bhūteṣu mad-bhaktiṁ labhate parām. Entender isso é a condição preliminar para alguém entrar no reino do serviço devocional.

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