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VERSO 19

tadāsurendraṁ divi devatā-gaṇā
gandharva-vidyādhara-siddha-cāraṇāḥ
tat karma sarve ’pi gṛṇanta ārjavaṁ
prasūna-varṣair vavṛṣur mudānvitāḥ

tadā — naquele momento; asura-indram — ao rei dos demônios, Bali Mahārāja; divi — no sistema planetário superior; devatā-gaṇāḥ — os habitantes conhecidos como semideuses; gandharva — os Gandharvas; vidyādhara — os Vidyādharas; siddha — os habitantes de Siddhaloka; cāraṇāḥ — os habitantes de Cāraṇaloka; tat — aquela; karma — ação; sarve api — todos eles; gṛṇantaḥ — declarando; ārjavam — simples e clara; prasūna- varṣaiḥ — com uma chuva de flores; vavṛṣuḥ — lançada; mudā-anvitāḥ — estando muito satisfeitos com ele.

Naquele momento, os habitantes do sistema planetário superior, a saber, os semideuses, os Gandharvas, os Vidyādharas, os Siddhas e os Cāraṇas, estando todos muito satisfeitos com o simples e ine­quívoco ato de Bali Mahārāja, louvaram suas qualidades e derrama­ram sobre ele milhões de flores.

SIGNIFICADO—Ārjavam – simplicidade ou ausência de duplicidade – é uma qualificação do brāhmaṇa ou do vaiṣṇava. Um vaiṣṇava automatica­mente adquire todas as qualidades do brāhmaṇa.

yasyāsti bhaktir bhagavaty akiñcanā
sarvair guṇais tatra samāsate surāḥ

(Śrīmad-Bhāgavatam 5.18.12)

O vaiṣṇava deve possuir as qualidades bramânicas, tais como satya, śama, dama, titikṣā e ārjava. Não pode haver nenhuma duplicidade no caráter de um vaiṣṇava. Quando Bali Mahārāja agiu com fé ina­balável e devoção aos pés de lótus do Senhor Viṣṇu, isso foi muito apreciado por todos os habitantes do sistema planetário superior.

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