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VERSO 7

śreyaḥ kurvanti bhūtānāṁ
sādhavo dustyajāsubhiḥ
dadhyaṅ-śibi-prabhṛtayaḥ
ko vikalpo dharādiṣu

śreyaḥ — atividades da maior importância; kurvanti — executam; bhūtānām — da massa de pessoas em geral; sādhavaḥ — as pessoas santas; dustyaja — que são extremamente difíceis de serem abandonadas; asubhiḥ — mediante suas vidas; dadhyaṅ — Mahārāja Dadhīci; śibi — Mahārāja Śibi; prabhṛtayaḥ — e grandes personalidades seme­lhantes; kaḥ — que; vikalpaḥ — consideração; dharā-ādiṣu — em dar a terra ao brāhmaṇa.

Dadhīci, Śibi e muitas outras grandiosas personalidades desejavam sacrificar até mesmo suas vidas em benefício das pessoas em geral. Esta é a evidência da história. Então, por que não renunciar esta terra insignificante? Que fortes argumentos haveria contra isso?

SIGNIFICADO—Bali Mahārāja estava pronto a dar tudo ao Senhor Viṣṇu, e Śukrācārya, sendo um sacerdote profissional, provavelmente aguardava cheio de ansiedade, perguntando a si mesmo se havia algum exemplo na história em que alguém tivesse dado tudo em caridade. Bali Mahārāja, entretanto, citou como prova palpável os exemplos de Mahārāja Śibi e Mahārāja Dadhīci, que abandonaram suas vidas em benefício do público em geral. Sem dúvida, a pessoa se sente apegada a tudo que é material, especialmente a sua terra, mas a terra e outras posses lhe são arrancadas na hora da morte, como se afirma na Bhagavad-gītā (mṛtyuḥ sarva-haraś cāham). O Senhor apareceu pessoalmen­te para Bali Mahārāja a fim de tirar-lhe tudo o que ele tinha, e, em razão disso, ele foi tão afortunado que pôde ver o Senhor face a face. Os não-devotos, entretanto, não podem ver o Senhor face a face; para essas pessoas o Senhor aparece como a morte e arranca-lhes todas as posses. Nessas circunstâncias, por que não cedemos nossas posses ao Senhor Viṣṇu para a Sua satisfação? A esse respeito, Śrī Cāṇakya Paṇḍita diz: san-nimitte varaṁ tyāgo vināśe niyate sati (Cāṇakya-­śloka 36). Uma vez que nosso dinheiro e nossas posses não perdurarão, senão que, de alguma forma, nós os perderemos; enquanto estiverem sob nossa custódia, é melhor usá-los praticando caridade em prol de uma causa nobre. Portanto, Bali Mahārāja desafiou a ordem do seu suposto mestre espiritual.

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