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VERSOS 35-38

bharataḥ prāptam ākarṇya
paurāmātya-purohitaiḥ
pāduke śirasi nyasya
rāmaṁ pratyudyato ’grajam

nandigrāmāt sva-śibirād
gīta-vāditra-niḥsvanaiḥ
brahma-ghoṣeṇa ca muhuḥ
paṭhadbhir brahmavādibhiḥ

svarṇa-kakṣa-patākābhir
haimaiś citra-dhvajai rathaiḥ
sad-aśvai rukma-sannāhair
bhaṭaiḥ puraṭa-varmabhiḥ

śreṇībhir vāra-mukhyābhir
bhṛtyaiś caiva padānugaiḥ
pārameṣṭhyāny upādāya
paṇyāny uccāvacāni ca
pādayor nyapatat premṇā
praklinna-hṛdayekṣaṇaḥ

bharataḥ — o Senhor Bharata; prāptam — regressando para casa; ākarṇya — ouvindo; paura — toda classe de cidadãos; amātya — todos os ministros; purohitaiḥ — acompanhado por todos os sacerdotes; pāduke — os dois tamancos; śirasi — sobre a cabeça; nyasya — mantendo; rāmam — ao Senhor Rāmacandra; pratyudyataḥ — adiantando-Se para receber; agrajam — Seu irmão mais velho; nandigrāmāt — de Sua residência, conhecida como Nandigrāma; sva-śibirāt — de Seu próprio acampamento; gīta-vāditra — canções e vibrações de tambores e outros instrumentos musicais; niḥsvanaiḥ — acompanhado por esses sons; brahma-ghoṣeṇa — pelo som do canto dos mantras védicos; ca — e; muhuḥ — sempre; paṭhadbhiḥ — recitação dos Vedas; brahma­-vādibhiḥ — por brāhmaṇas excelentes; svarṇa-kakṣa-patākābhiḥ — decoradas com bandeiras bordadas a ouro; haimaiḥ — de ouro; citra­dhvajaiḥ — com bandeiras decorativas; rathaiḥ — com quadrigas; sat-­aśvaiḥ — tendo cavalos muito belos; rukma — de ouro; sannāhaiḥ — com arreios; bhaṭaiḥ — por soldados; puraṭa-varmabhiḥ — cobertos com escudos feitos de ouro; śreṇībhiḥ — por essa fileira ou procissão; vāra-mukhyābhiḥ — acompanhada por prostitu­tas belas e bem vestidas; bhṛtyaiḥ — pelos servos; ca — também; eva — na verdade; pada­-anugaiḥ — pela infantaria; pārameṣṭhyāni — outra parafernália digna de uma recepção real; upādāya — juntando tudo; paṇyāni — pedras preciosas etc.; ucca-avacāni — de diferentes valores; ca — também; pādayoḥ — aos pés de lótus do Senhor; nyapatat — caiu; premṇā — em amor extático; praklinna — amolecido, umedecido; hṛdaya — o âmago do coração; īkṣaṇaḥ — cujos olhos.

Ao compreender que o Senhor Rāmacandra retornava à capital, Ayodhyā, o Senhor Bharata imediatamente colocou sobre Sua própria cabeça os tamancos do Senhor Rāmacandra e saiu de Seu acampamento em Nandigrāma. O Senhor Bharata fazia-Se acompanhar por ministros, sacerdotes e outros cidadãos respeitáveis, por músicos profissionais que vibravam melodias agradáveis, e por brāhmaṇas eruditos que cantavam alto os hinos védicos. Seguindo o cortejo, havia quadrigas puxadas por belos cavalos cujos arreios tinham rédeas de ouro. Essas quadrigas estavam decoradas com bandeiras borda­das a ouro e com outras bandeiras de vários tamanhos e formatos. Havia soldados usando armaduras de ouro, servos portando noz-de-bétel, e muitas prostitutas belas e famosas. Muitos servos seguiam a pé, carregando uma sombrinha, abanos, diferentes qualidades de joias preciosas, e outra parafernália digna de uma recepção real. Acompanhado dessa maneira, o Senhor Bharata, com Seu coração tomado de êxtase e Seus olhos rasos d’água, aproximou-Se do Senhor Rāmacandra e, em grande amor extático, caiu a Seus pés de lótus.

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