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VERSO 33

evaṁ karuṇa-bhāṣiṇyā
vilapantyā anāthavat
vyāghraḥ paśum ivākhādat
saudāsaḥ śāpa-mohitaḥ

evam — dessa maneira; karuṇa-bhāṣiṇyāḥ — enquanto a esposa do brāhmaṇa falava de modo muito suplicante; vilapantyāḥ — lamentando-se gravemente; anātha-vat — tal qual uma mulher que não tem protetor; vyāghraḥ — um tigre; paśum — uma presa; iva — como; akhādat — comeu; saudāsaḥ — o rei Saudāsa; sapa — pela maldição; mohitaḥ — por estar condenado.

Tendo sido condenado pela maldição lançada por Vasiṣṭha, o rei Saudāsa devorou o brāhmaṇa, exatamente como um tigre come sua presa. Muito embora a esposa do brāhmaṇa tivesse falado essas pa­lavras suplicantes, Saudāsa não se sensibilizou com sua lamentação.

SIGNIFICADO—Este é um exemplo do destino. O rei Saudāsa foi condenado pela maldição lançada por Vasiṣṭha e, portanto, muito embora fosse bas­tante qualificado, não pôde deixar de tornar-se um Rākṣasa tigrino, pois esse era o seu destino. Tal labhyate duḥkhavad anyataḥ sukham (Śrīmad-Bhāgavatam 1.5.18). Se alguém é posto em aflição pelo destino, o desti­no também pode deixá-lo em uma situação feliz. O destino é extrema­mente forte, mas pode mudar seu destino quem chega à plataforma da consciência de Kṛṣṇa. Karmāṇi nirdahati kintu ca bhakti-bhājām (Brahma-saṁhitā 5.54).

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