VERSO 68
api bata madhu-puryām ārya-putro ’dhunāste
smarati sa pitṛ-gehān saumya bandhūṁś ca gopān
kvacid api sa kathāṁ naḥ kiṅkarīṇāṁ gṛṇīte
bhujam aguru-sugandhaṁ murdhny adhāsyat kadā nu
api — decerto; bata — lamentável; madhu-puryām — na cidade de Mathurā; ārya-putraḥ — o filho de Nanda Mahārāja; adhunā — agora; āste — reside; smarati — lembra-se; saḥ — Ele; pitṛ-gehān — os afazeres domésticos de Seu pai; saumya — ó grande alma (Uddhava); bandhūn — Seus muitos amigos; ca — e; gopān — os vaqueirinhos; kvacit — às vezes; api — ou; saḥ — Ele; kathām — fala; naḥ — de nós; kīṅkarīṇām — das criadas; gṛṇīte — relata; bhujam — mão; aguru-su-gandham — tendo a fragrância de aguru; murdhni — sobre a cabeça; adhāsyat — manterá; kadā — quando; nu — talvez.
“Ó Uddhava! Na verdade, é lamentável que Kṛṣṇa resida em Mathurā. Acaso Ele Se lembra dos afazeres domésticos de Seu pai, de Seus amigos e dos vaqueirinhos? Ó grande alma! Acaso Ele alguma vez falou de nós, Suas criadas? Quando Ele descansará Sua mão com aroma de aguru sobre nossas cabeças?”
SIGNIFICADO—Este verso aparece no Śrīmad-Bhāgavatam (10.47.21) no trecho conhecido como Bhramara-gītā. Quando Uddhava veio a Vṛndāvana, Śrīmatī Rādhārāṇī, em completa saudade de Kṛṣṇa, cantou dessa maneira.