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VERSO 3

sa kathaṁ sevayā tasya
kālena jarasaṁ gataḥ
pṛṣṭo vārtāṁ pratibrūyād
bhartuḥ pādāv anusmaran

saḥ — Uddhava; katham — como; sevayā — por tal serviço; tasya — seu; kālena — no devido tempo; jarasam — invalidez; gataḥ — submetido; pṛṣṭaḥ — indagado acerca de; vārtām — mensagem; pratibrūyāt — para responder; bhartuḥ — do Senhor; pādau — Seus pés de lótus; anusmaran — lembrando-se.

Assim é que Uddhava serviu ao Senhor continuamente desde a infância, e essa atitude de serviço não esmoreceu na velhice. Tão logo foi indagado acerca da mensagem do Senhor, ele imediatamente se lembrou de tudo a respeito dEle [o Senhor].

SIGNIFICADO—O transcendental serviço ao Senhor não é algo mundano. A atitude de serviço do devoto aumenta gradualmente e nunca esmorece. Geralmente, quando uma pessoa chega à velhice, ela tem permissão para se aposentar do serviço mundano. Contudo, no transcendental serviço ao Senhor, não há aposentadoria de modo algum; pelo contrário, a atitude de serviço aumenta cada vez mais com o passar dos anos. No serviço transcendental, não há saturação, daí não haver aposentadoria. Materialmente, quando um homem fica cansado de prestar serviço com seu corpo físico, ele tem permissão para se aposentar, mas, no serviço transcendental, não há sentimento de fadiga porque este serviço é espiritual e não está no plano corpóreo. O serviço prestado no plano corpóreo definha à medida que o corpo envelhece, mas o espírito nunca é velho, de modo que, no plano espiritual, o serviço nunca é cansativo.

Indubitavelmente, Uddhava envelheceu, mas isso não significa que seu espírito envelheceu. Sua atitude de serviço amadureceu no plano transcendental, em virtude do que, assim que Vidura lhe fez perguntas sobre o Senhor Kṛṣṇa, ele imediatamente se lembrou de seu Senhor pela referência ao contexto e se esqueceu de si mesmo no plano físico. Este é o sinal do serviço devocional puro ao Senhor, como será explicado posteriormente (lakṣaṇaṁ bhakti-yogasya etc.) nas instruções dadas pelo Senhor Κapila a Sua mãe, Devahūti.

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