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VERSO 56

neha yat karma dharmāya
na virāgāya kalpate
na tīrtha-pada-sevāyai
jīvann api mṛto hi saḥ

na — não; iha — aqui; yat — que; karma — trabalho; dharmāya — para a perfeição da vida religiosa; na — não; virāgāya — para o desapego; kalpate — conduza; na — não; tīrtha-pada — dos pés de lótus do Senhor; sevāyai — ao serviço devocional; jīvan — vivendo; api — embora; mṛtaḥ — morta; hi — na verdade; saḥ — ela.

Qualquer pessoa cujo trabalho não se destine a elevá-la à vida religiosa, qualquer pessoa cujas funções ritualísticas religiosas não a elevem à renúncia, e qualquer pessoa situada em renúncia que não a conduza ao serviço devocional à Suprema Personalidade de Deus, deve ser considerada morta, mesmo que esteja respirando.

SIGNIFICADO—Devahūti declarou que, já que estava apegada a viver com o esposo em troca de gozo dos sentidos, algo que não leva à libertação do enredamento material, sua vida não passava de mera perda de tempo. Qualquer trabalho que executemos que não leve ao estado de vida religiosa é uma atividade inútil. Todos têm, por natureza, a propensão a algum tipo de trabalho, e, quando este trabalho conduz à vida religiosa, e a vida religiosa conduz à renúncia, e a renúncia conduz ao serviço devocional, alcança-se a perfeição do trabalho. Como se afirma na Bhagavad-gītā, qualquer trabalho que não conduza finalmente ao nível do serviço devocional é causa de cativeiro no mundo material. Yajñārthāt karmaṇo ’nyatra loko ’yaṁ karma-bandhanaḥ. A menos que alguém se eleve gradualmente à posição do serviço devocional, a partir de sua atividade natural, ele deve ser considerado um cadáver. O trabalho que não nos conduz à compreensão da consciência de Kṛṣṇa é considerado inútil.

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