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VERSO 22

kālena so ’jaḥ puruṣāyuṣābhi-
pravṛtta-yogena virūḍha-bodhaḥ
svayaṁ tad antar-hṛdaye ’vabhātam
apaśyatāpaśyata yan na pūrvam

kālena — no devido curso do tempo; saḥ — ele; ajaḥ — ο Brahmā autógeno; puruṣa-āyuṣā — pela duração de sua idade; abhipravṛtta — estando ocupado; yogena — em meditação; virūḍha — desenvolveu; bodhaḥ — inteligência; svayam — automaticamente; tat antaḥ-hṛdaye — nο coração; avabhātam — manifesto; apaśyata — viu; apaśyata — viu realmente; yat — que; na — não; pūrvam — anteriormente.

Ao fim de cem anos de Brahmā, quando se encerrou sua meditação, ele desenvolveu ο conhecimento necessário e, como resultado, pôde ver em seu coração ο Supremo dentro de si, ο qual ele nãο pudera ver anteriormente, nem mesmo com ο mais intenso esforço.

SIGNIFICADO—Ο Senhor Supremo pode ser experimentado apenas através do processo de serviço devocional, e não pelo esforço pessoal de especulação mental. A idade de Brahmā é calculada em termos de anos divya, que são distintos dos anos solares dos seres humanos. Os anos divya são calculados na Bhagavad-gītā (8.17): sahasra-yuga-paryantam ahar yad brahmaṇo viduḥ. Um dia de Brahmā equivale a mil vezes ο conjunto dos quatro yugas (que se calcula que dure 4.300.000 anos). Com essa base, Brahmā meditou durante cem anos antes que pudesse entender a causa suprema de todas as causas, após o que escreveu a Brahma-saṁhitā, que é aprovada e reconhecida pelo Senhor Caitanya e na qual ele canta: govindam ādi-puruṣāṁ tam ahaṁ bhajāmi. É preciso que esperar pela misericórdia do Senhor antes que se possa prestar-Lhe serviço ou conhecê-lO como Ele é.

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