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VERSO 18

nārada uvāca
purañjanaḥ sva-mahiṣīṁ
nirīkṣyāvadhutāṁ bhuvi
tat-saṅgonmathita-jñāno
vaiklavyaṁ paramaṁ yayau

nāradaḥ uvāca — o grande sábio Nārada falou; purañjanaḥ rei Purañjana; sva-mahiṣīm — sua própria rainha; nirīkṣya — após ver; avadhutām — parecendo um mendicante; bhuvi — no chão; tat — dela; saṅga — pela companhia; unmathita — incentivado; jñānaḥ — cujo conhecimento; vaiklavyam — confusão; paramam — suprema; yayau­ — obteve.

O grande sábio Nārada prosseguiu: Meu querido rei Prācīnabarhi, logo que o rei Purañjana viu sua rainha deitada no chão, parecendo um mendicante, ele se desorientou.

SIGNIFICADO—Especialmente significativa neste verso é a palavra avadhutām, pois se refere a um mendicante que não cuida de seu corpo. Vendo a rainha deitada no chão, sem leito nem roupas adequadas, o rei Purañjana ficou muito pesaroso. Em outras palavras, ele se arrependeu­ de ter desprezado sua inteligência para se ocupar em matar ani­mais na floresta. Em outras palavras, quando alguém se separa de sua boa inteligência ou a despreza, ocupa-se totalmente em ativi­dades pecaminosas. Por negligenciar sua boa inteligência, ou consciência de Kṛṣṇa, a pessoa fica confusa e se ocupa em atividades pecaminosas. O homem que se dá conta disso se sente arrependido. Tal arrependimento é descrito por Narottama Dāsa Ṭhākura:

hari hari viphale janama goṅāinu
manuṣya-janama pāiyā, rādhā-kṛṣṇa nā bhajiyā,
jāniyā śuniyā viṣa khāinu

Narottama Dāsa Ṭhākura diz nesta canção que se arrepende de ter desperdiçado sua vida humana e ter, conscientemente, bebido veneno. Quem não é consciente de Kṛṣṇa voluntariamente bebe o veneno da vida material. Isso quer dizer que certamente nos vicia­mos em atividades pecaminosas quando ficamos desprovidos de nossa boa e casta esposa, ou quando perdemos nosso bom senso e não adotamos a consciência de Kṛṣṇa.

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