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VERSO 11

nalinī nālinī nāse
gandhaḥ saurabha ucyate
ghrāṇo ’vadhūto mukhyāsyaṁ
vipaṇo vāg rasavid rasaḥ

nalinī — chamada Nalinī; nālinī — chamada Nālinī; nāse — as duas narinas; gandhaḥ — aroma; saurabhaḥ — Saurabha (fragrância); ucya­te — chama-se; ghrāṇaḥ — o sentido do olfato; avadhūtaḥ — chama­do Avadhūta; mukhyā — chamada Mukhyā (principal); āsyam — a boca; vipaṇaḥ — chamada Vipaa; vāk — a faculdade da fala; rasa­-vit — chamado Rasajña (hábil em saborear); rasaḥ — o sentido do paladar.

As duas portas chamadas Nalinī e Nālinī representam as duas narinas, e a cidade chamada Saurabha representa o aroma. O com­panheiro mencionado como Avadhūta é o sentido do olfato. A porta chamada Mukhyā é a boca, e Vipaṇa é a faculdade da fala. Rasajña é o sentido do paladar.

SIGNIFICADO—A palavra avadhūta significa “completamente livre”. Uma pessoa que tenha atingido a fase de avadhūta não se submete às regras e regu­lações de nenhum preceito. Em outras palavras, ela pode agir como quiser. Essa fase de avadhūta é exatamente como o ar, que não se importa com nenhum obstáculo. A Bhagavad-gītā (6.34) diz o seguinte:

cañcalaṁ hi manaḥ kṛṣṇa
pramāthi balavad dṛḍham
tasyāhaṁ nigrahaṁ manye
vāyor iva suduṣkaram

“A mente é inquieta, turbulenta, obstinada e muito forte, ó Kṛṣṇa, e me parece que a subjugar é mais difícil do que controlar o vento.”

Assim como o ar ou o vento não podem ser contidos por nin­guém, da mesma forma, as duas narinas, situadas em um só lugar, gozam de seu objeto, o aroma, sem obstáculos. Na presença da língua, a boca continuamente saboreia toda espécie de alimentos deliciosos.

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