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VERSO 7

pīnāyatāṣṭa-bhuja-maṇḍala-madhya-lakṣmyā
spardhac-chriyā parivṛto vana-mālayādyaḥ
barhiṣmataḥ puruṣa āha sutān prapannān
parjanya-nāda-rutayā saghṛṇāvalokaḥ

pīna — fortes; āyata — longos; aṣṭa — oito; bhuja — braços; maṇḍala — envolvimento; madhya — no meio de; lakṣmyā — com a deusa da for­tuna; spardhat — competindo; śriyā — cuja beleza; parivṛtaḥ — circundado; vana-mālayā — por uma guirlanda de flores; ādyaḥ — a original Personalidade de Deus; barhiṣmataḥ — do rei Prācīnabarhi; puru­ṣaḥ — a Suprema Personalidade de Deus; āha — dirigiu-Se; sutān — os filhos; prapannān — rendidos; parjanya — como uma nuvem; nāda­ — cujo som; rutayā — por uma voz; sa-ghṛṇa — com misericórdia; ava­lokaḥ — Seu olhar.

Em volta do pescoço da Personalidade de Deus, pendia uma guirlanda de flores que alcançava Seus joelhos. Seus oito braços fortes e alon­gados estavam decorados com aquela guirlanda, a qual desafiava a beleza da deusa da fortuna. Com um olhar misericordio­so e uma voz igual ao trovão, o Senhor dirigiu-Se aos filhos do rei Prācīnabarhiṣat, que eram muitíssimo rendidos a Ele.

SIGNIFICADO—Neste verso, a palavra ādyaḥ é muito significativa. A Suprema Personalidade de Deus é a origem inclusive do Paramātmā e do Brahman. Como se confirma na Bhagavad-gītā (14.27), brahmaṇo hi pratiṣṭhāham: a Verdade Absoluta não começa com o Brahman impessoal, mas sim com a original Personalidade de Deus, Kṛṣṇa. Ao compreender a grandeza de Kṛṣṇa, Arjuna dirigiu-se a Ele da seguinte maneira:

paraṁ brahma paraṁ dhāma
pavitraṁ paramaṁ bhavān
puruṣaṁ śāśvataṁ divyam
ādi-devam ajaṁ vibhum

“És o Brahman Supremo, o derradeiro, a morada suprema e o purificador, a Verdade Absoluta e a pessoa eterna e divina. És o Deus primordial, transcendental e original, e és a beleza onipenetrante e não-nascida.” (Bhagavad-gītā 10.12)

A Brahma-saṁhitā também diz que anādir ādir govindaḥ sarva-­kāraṇa-kāraṇam: “O Senhor Supremo não é causado por nada [anādi], senão que é a causa de todas as causas.” O Vedānta-sūtra diz que janmādy asya yataḥ: “A Verdade Absoluta é aquela da qual tudo emana.” Descreve-se a Verdade Absoluta como ādi-purua. A Verdade Absoluta é uma pessoa, e não algo impessoal.

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