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VERSOS 29-31

viśīrṇa-ratna-kavacaṁ
vibhraṣṭābharaṇa-srajam
śara-nirbhinna-hṛdayaṁ
śayānam asṛg-āvilam

prakīrṇa-keśaṁ dhvastākṣaṁ
rabhasā daṣṭa-dacchadam
rajaḥ-kuṇṭha-mukhāmbhojaṁ
chinnāyudha-bhujaṁ mṛdhe

uśīnarendraṁ vidhinā tathā kṛtaṁ
patiṁ mahiṣyaḥ prasamīkṣya duḥkhitāḥ
hatāḥ sma nātheti karair uro bhṛśaṁ
ghnantyo muhus tat-padayor upāpatan

viśīrṇa — espalhados em vários lugares; ratna — feito de joias; kavacam — escudo protetor; vibhraṣṭa — caídos; ābharaṇa — adornos; srajam — guirlandas; śara-nirbhinna — trespassado por flechas; hṛdayam — o coração; śayānam — jazendo; asṛk-āvilam — ensanguentado; prakīrṇa-keśam — seu cabelo solto e desgrenhado; dhvasta-akṣam — seus olhos opacos; rabhasā — com ira; daṣṭa — mordidos; dacchadam — seus lábios; rajaḥ-kuṇṭha — coberto de poeira; mukhaambhojam — seu rosto, que antes se parecia com uma flor de lótus; chinna — cortados; āyudha-bhujam — seus braços e armas; mṛdhe — no campo de batalha; uśīnara-indram — o senhor do Estado de Uśīnara; vidhinā — pela providência; tathā — assim; kṛtam — forçado a assumir esta posição; patim — o esposo; mahiṣyaḥ — as rainhas; prasamīkṣya — vendo; duḥkhitāḥ — muito pesarosas; hatāḥ — morto; sma — decerto; nātha — ó esposo; iti — assim; karaiḥ — com as mãos; uraḥ — nos seios; bhṛśam — constantemente; ghnantyaḥ — batendo; muhuḥ — repetidas vezes; tat-padayoḥ — aos pés do rei; upāpatan — caíram.

Seu escudo de ouro, cravejado de joias, estava esmagado, seus adornos e guirlandas haviam caído, seu cabelo estava em desalinho e seus olhos não tinham brilho. O rei jazia morto no campo de batalha, com todo o seu corpo ensanguentado e seu coração trespassado pelas flechas do inimigo. Quando morreu, ele quis mostrar seu poder, e assim mordera seus lábios, e seus dentes permaneciam naquela posição. Seu belo rosto de lótus agora estava turvo e coberto de poeira no campo de batalha. Seus braços, com sua espada e outras armas, estavam cortados e quebrados. Ao verem seu esposo naquela posição, as rainhas do rei de Uśīnara passaram a se lamentar: “Ó senhor, agora que estás morto, também estamos mortas.” Repetindo essas palavras insistentemente, elas, esmurrando seus seios, caíram aos pés do rei morto.

SIGNIFICADO—Como se afirma aqui, rabhasā daṣṭa-dacchadam: o rei, enquanto lutava com ira, mordeu seus lábios para mostrar seu poder, mas foi morto pela providência (vidhinā). Isso prova que somos controlados por autoridades superiores; o nosso poder ou esforço pessoais nem sempre são supremos. Portanto, devemos aceitar a posição que nos é oferecida pela ordem do Supremo.

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