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VERSO 26

kartṛtvaṁ karaṇatvaṁ ca
kāryatvaṁ ceti lakṣaṇam
śānta-ghora-vimūḍhatvam
iti vā syād ahaṅkṛteḥ

kartṛtvam — sendo o autor; karaatvam — sendo o instrumento; ca — e; kāryatvam — sendo o efeito; ca — também; iti — assim; lakṣaṇam — característica; śānta — sereno; ghora — ativo; vimūḍhatvam — sendo lento; iti — assim; — ou; syāt — pode ser; ahaṅkṛteḥ — do falso ego.

Este falso ego se caracteriza como o autor, como o instrumento e como o efeito. Além disso, é caracterizado como sereno, ativo ou lento, segundo o modo como é influenciado pelos modos da bondade, paixão e ignorância.

SIGNIFICADO—Ahaṅkāra, ou falso ego, transforma-se nos semideuses, os diretores que controlam os afazeres materiais. Como instrumento, o falso ego é representado como diferentes sentidos e órgãos dos sentidos, e, como resultado da combinação dos semideuses e dos sentidos, os objetos materiais são produzidos. No mundo material, produzimos muitas coisas, e isso se chama avanço da civilização. Porém, na verdade, o avanço da civilização é uma manifestação do falso ego. Através do falso ego, todas as coisas materiais são produzidas como objetos de desfrute. É preciso parar de fomentar as necessidades artificiais sob a forma de objetos materiais. Um grande ācārya, Narottama Dāsa Ṭhākura, lamenta-se que, quando alguém se desvia da consciência pura de Vāsudeva, ou consciência de Kṛṣṇa, ele se envolve com atividades materiais. As palavras exatas por ele usadas são sat-saṅga chāḍi’ kainu asate vilāsa, te-kāraṇe lāgila ye karma-bandha-phāṅsa: “Eu abandonei o estado puro de consciência porque quis desfrutar na manifestação material temporária; portanto, tenho me emaranhado na rede de ações e reações.”

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