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VERSO 10

evaṁ paretya bhagavantam anupraviṣṭā
ye yogino jita-marun-manaso virāgāḥ
tenaiva sākam amṛtaṁ puruṣaṁ purāṇaṁ
brahma pradhānam upayānty agatābhimānāḥ

evam — assim; paretya — tendo se distanciado muito; bhagavantam — senhor Brahmā; anupraviṣṭāḥ — entrado; ye — aqueles que; yoginaḥyogīs; jita — controlada; marut — a respiração; manasaḥ — a mente; virāgāḥ — desapegados; tena — com o senhor Brahmā; eva — de fato; sākam — juntos; amṛtam — a corporificação da bem-aventurança; puruṣam — à Personalidade de Deus; purāṇam — o mais velho; brahma pradhānam — o Brahman Supremo; upayānti — eles vão; agata — não ido; abhimānāḥ — cujo falso ego.

Os yogīs que se desapegam do mundo material pela prática de exercícios respiratórios e do controle da mente alcançam o planeta de Brahmā, que fica muitíssimo distante. Após abandonarem seus corpos, entram no corpo do senhor Brahmā, de maneira que, quando Brahmā se libera e vai ter com a Suprema Personalidade de Deus, que é o Brahman Supremo, esses yogīs também podem entrar no reino de Deus.

SIGNIFICADO—Aperfeiçoando sua prática de yoga, os yogīs podem alcançar o planeta mais elevado, Brahmaloka, ou Satyaloka, e, após abandonarem seus corpos materiais, podem entrar no corpo do senhor Brahmā. Por não serem diretamente devotos do Senhor, eles não podem obter a liberação diretamente. Precisam esperar até que Brahmā se libere e, só então, juntamente com Brahmā, eles também se liberam. Está claro que, enquanto a entidade viva é adoradora de um semideus em particular, sua consciência absorve-se em pensar naquele semideus, em razão do que ela não pode obter a liberação direta, ou admissão direta no reino de Deus, nem pode fundir-se na refulgência impessoal da Suprema Personalidade de Deus. Tais yogīs ou adoradores de semideuses estão sujeitos à possibilidade de nascer outra vez quando a criação se repetir.

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