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CAPÍTULO TRINTA E NOVE

A Visão de Akrūra

This chapter describes how Akrūra informed Lord Kṛṣṇa and Lord Balarāma of Kaṁsa’s plans and his activities in Mathurā; what the gopīs cried out in distress when Kṛṣṇa left for Mathurā; and also the vision of Lord Viṣṇu’s abode that Akrūra saw withEste capítulo descreve como Akrūra informou o Senhor Kṛṣṇa e o Senhor Balarāma sobre os planos de Kaṁsa e suas atividades em Mathurā; como as gopīs se lamentaram de aflição quando Kṛṣṇa partiu para Mathurā, e também a visão da morada do Senhor Viṣṇu que Akrūra teve dentro da água do Yamunā.in the water of the Yamunā.

Quando Kṛṣṇa e Balarāma ofereceram a Akrūra grande respeito e convidaram-no a se acomodar confortavelmente em um assento macio, ele sentiu que todos os desejos em que ele refletira enquanto viajava para Vṛndāvana agora estavam satisfeitos. Depois do jantar, Kṛṣṇa perguntou a Akrūra se sua viagem fora tranquila e se ele estava bem. O Senhor também pergun­tou sobre o comportamento de Kaṁsa em relação aos membros da família deles e, por fim, perguntou o que Akrūra viera fazer.

Akrūra descreveu como Kaṁsa estava perseguindo os Yādavas, o que Nārada dissera a Kaṁsa e como Kaṁsa vinha tratando Vasudeva com crueldade. Akrūra também falou do desejo de Kaṁsa de levar Kṛṣṇa e Balarāma para Mathurā a pretexto de que Eles assis­tissem ao sacrifício do arco e participassem de um torneio de luta, o que, na verdade, era um plano para matá-lOs. Kṛṣṇa e Balarāma riram bem alto ao ouvirem isso. Eles foram ter com Seu pai, Nanda, e infor­maram-no das ordens de Kaṁsa. Nanda, então, expediu uma ordem a todos os residentes de Vraja para que reunissem várias oferendas para o rei e se preparassem para ir a Mathurā.

As jovens gopīs ficaram muito abaladas ao ouvirem que Kṛṣṇa e Balarāma iriam para Mathurā. Elas perderam toda a consciência externa e começaram a lembrar-se dos passatempos de Kṛṣṇa. Conde­nando o criador por separá-las dEle, elas passaram a se lamentar. Diziam que Akrūra não merecia seu nome (a, “não”; krūra, “cruel”), pois era tão cruel que estava levando embora seu queridíssimo Kṛṣṇa. “O destino deve estar contra nós”, lamentavam-se, “porque, caso contrário, os anciãos de Vraja teriam proibido Kṛṣṇa de partir. Es­queçamos, então, nossa timidez e tentemos impedir o Senhor Mādhava de partir.” Com estas palavras, as jovens vaqueirinhas começaram a can­tar os nomes de Kṛṣṇa e a chorar.

Porém, mesmo enquanto elas choravam, Akrūra começou a levar Kṛṣṇa e Balarāma em sua quadriga. Os vaqueiros de Gokula seguiam atrás em suas carroças, e as jovens gopīs também caminharam atrás durante algum tempo, mas então foram acalmadas pelos olhares e gestos de Kṛṣṇa e tranquilizadas por uma mensagem dEle que dizia: “Eu retornarei.” Com suas mentes absortas por completo em Kṛṣṇa, as vaqueirinhas permaneceram tão imóveis quanto figuras em um quadro até não poderem mais ver a bandeira da quadriga nem a nuvem de poeira que se erguia na estrada. Então, cantando as glórias de Kṛṣṇa a todo instante, elas voltaram para casa desalentadas.

Akrūra parou a quadriga na margem do Yamunā para que Kṛṣṇa e Balarāma pudessem executar um ritual de purificação e beber um pouco d’água. Depois que os dois Senhores voltaram para a quadriga, Akrūra pediu permissão a Eles para se banhar no Yamunā. Enquanto recitava mantras védicos, ele se surpreendeu ao ver os dois Senhores dentro da água. Akrūra saiu do rio e retornou à quadriga, onde viu os Senhores ainda sentados. Então, ele voltou para a água para verificar se as duas figuras que vira lá eram reais ou não.

O que Akrūra viu na água foi o Senhor Vāsudeva de quatro braços. Sua tez era azul-escura como uma nuvem de chuva recém-formada, Ele usava roupas amarelas e repousava no colo de Ananta Śeṣa, que tinha mil capelos. Seres perfeitos, serpentes celestiais e demônios ofereciam orações ao Senhor Vāsudeva, que estava rodeado de Seus assistentes pessoais. Servindo-O também estavam Suas muitas potên­cias, tais como Śrī, Puṣṭi e Ilā, enquanto Brahmā e outros semideuses cantavam Seus louvores. Akrūra regozijou-se com esta visão e, de mãos postas em súplica, começou a orar ao Senhor Supremo com a voz embargada de emoção.

VERSO 1: Śukadeva Gosvāmī disse: Tendo sido tão honrado pelo Senhor Balarāma e pelo Senhor Kṛṣṇa, Akrūra, sentado em um confortá­vel sofá, sentiu que todos os desejos que contemplara durante a viagem agora estavam realizados.

VERSO 2: Meu querido rei, o que é inatingível para quem satisfez a Suprema Personalidade de Deus, o abrigo da deusa da fortuna? Apesar disso, aqueles que se dedicam a Seu serviço devocional jamais querem nada dEle.

VERSO 3: Após o jantar, o Senhor Kṛṣṇa, o filho de Devakī, perguntou a Akrūra como Kaṁsa estava tratando os queridos parentes e amigos deles e o que o rei planejava fazer.

VERSO 4: O Senhor Supremo disse: Meu cortês e querido tio Akrūra, tua viagem até aqui foi confortável? Que toda boa fortuna recaia sobre ti. Estão felizes e com boa saúde nossos estimados amigos e pa­rentes, tanto próximos quanto distantes?

VERSO 5: Contudo, meu querido Akrūra, enquanto o rei Kaṁsa – aquela doença de nossa família que tratamos por “tio materno” – ainda prosperar, por que Eu deveria Me dar ao trabalho de perguntar sobre o bem-estar dos membros de nossa família e de seus outros sú­ditos?

VERSO 6: Vede só quanto sofrimento causei a Meus inofensivos pais! Por Minha causa, seus filhos foram mortos e eles mesmos foram aprisionados.

VERSO 7: Por boa fortuna, hoje realizamos o desejo de ver-te, o Nosso querido parente. Ó amável tio, por favor, dize-Nos por que vieste aqui.

VERSO 8: Śukadeva Gosvāmī disse: Em resposta à solicitação do Senhor Supremo, Akrūra, o descendente de Madhu, descreveu toda a situação, incluindo a inimizade do rei Kaṁsa para com os Yadus e sua tentativa de assassinar Vasudeva.

VERSO 9: Akrūra transmitiu a mensagem que lhe fora dada. Ele também descreveu as verdadeiras intenções de Kaṁsa e como Nārada informara Kaṁsa de que Kṛṣṇa nascera como filho de Vasudeva.

VERSO 10: O Senhor Kṛṣṇa e o Senhor Balarāma, os vencedores de oponentes heroicos, riram ao ouvirem as palavras de Akrūra. Os Senhores, então, informaram Seu pai, Nanda Mahārāja, acerca das ordens do rei Kaṁsa.

VERSOS 11-12: Então, Nanda Mahārāja ordenou ao guarda da vila que divulgasse o seguinte anúncio aos vaqueiros residentes em todo o domínio de Nanda em Vraja: “Juntai todos os produtos lácteos disponíveis. Trazei presentes valiosos e atrelai vossas carroças. Amanhã, iremos até Mathurā presentear o rei com nossos produtos lácteos e assistir a um grandioso festival. Os residentes de todos os distritos distantes também irão.”

VERSO 13: Ao ouvirem que Akrūra chegara a Vraja a fim de levar Kṛṣṇa e Balarāma para a cidade, as jovens gopīs se afligiram imensamente.

VERSO 14: Algumas gopīs sentiram-se tão mortificadas no fundo do coração que seus rostos empalideceram devido à sua respiração pesada. Outras ficaram tão angustiadas que seus vestidos, braceletes e tranças se soltaram.

VERSO 15: Outras gopīs cessaram por completo as atividades sensoriais e fixaram-se em meditação em Kṛṣṇa. Elas perderam toda a consciência do mundo exterior, como acontece com aqueles que alcan­çam a plataforma da autorrealização.

VERSO 16: E ainda outras desmaiavam à simples lembrança das palavras do Senhor Śauri [Kṛṣṇa]. Essas palavras, ornadas de frases maravilhosas e expressas com sorrisos afetuosos, tocavam no fundo do coração das mocinhas.

VERSOS 17-18: As gopīs se assustavam até mesmo com a possibilidade de uma brevíssima separação do Senhor Mukunda, de modo que agora, ao lembrarem Seu andar gracioso, Seus passatempos, Seus afetuosos olhares sorridentes, Seus feitos heroicos e Suas palavras diver­tidas, que lhes aliviavam a aflição, elas, devido à ansiedade de pensar na grande separação iminente, ficavam fora de si. Com o rosto coberto de lágrimas e a mente absor­ta completamente em Acyuta, elas se reuniam em grupos e falavam umas com as outras.

VERSO 19: As gopīs disseram: Ó Providência, não tens misericórdia! Unes as criaturas corporificadas em relações de amizade e amor e, em seguida, sem nenhuma sensatez, tu as separas antes que possam satis­fazer seus desejos. Este teu jogo caprichoso é como uma brinca­deira de criança.

VERSO 20: Tendo-nos mostrado o rosto de Mukunda, emoldurado por cachos de cabelos escuros e embelezado por belas bochechas, nariz arrebitado e sorrisos gentis, que erradicam todo o sofrimento, agora estás tornando invisível esse rosto. Esse teu comporta­mento não é algo bom de maneira alguma.

VERSO 21: Ó Providência, embora venhas aqui com o nome Akrūra, és de fato cruel, pois, como um tolo faria, estás levando embora o que uma vez nos deste – estes olhos com os quais vimos, mesmo em um aspecto da forma do Senhor Madhudviṣa, a perfeição de tua cria­ção inteira.

VERSO 22: Oh! O filho de Nanda, que rompe amizades amorosas em um segundo, nem mesmo olhará diretamente para nós. Postas à força sob Seu controle, abandonamos nossos lares, parentes, filhos e maridos apenas para servi-lO, mas Ele está sempre à procura de novas amantes.

VERSO 23: Sem dúvida, a aurora seguinte a esta noite será auspiciosa para as mulheres de Mathurā. Todas as suas esperanças agora se concretizarão, pois, quando o Senhor de Vraja entrar em sua cidade, elas poderão beber de Seu rosto o néctar do sorriso que emana dos cantos de Seus olhos.

VERSO 24: Ó gopīs, embora nosso Mukunda seja inteligente e muito obediente a Seus pais, uma vez que caia sob o encanto das doces palavras das mulheres de Mathurā e fique fascinado por seus sedutores sorrisos tímidos, como é que Ele retornará para nós, ingênuas mocinhas provincianas?

VERSO 25: Quando os Dāśārhas, Bhojas, Andhakas, Vṛṣṇis e Sātvatas virem o filho de Devakī em Mathurā, eles decerto desfrutarão de um grande festival para seus olhos, bem como todos aqueles que o virem na estrada viajando para a cidade. Afinal, Ele é o amado da deusa da fortuna e o reservatório de todas as qualidades transcendentais.

VERSO 26: Aquele que está realizando este ato inclemente não deve ser chamado Akrūra. Ele é tão extremamente cruel que, sem nem mesmo tentar consolar os pesarosos residentes de Vraja, está levando embora Kṛṣṇa, que nos é mais querido que a própria vida.

VERSO 27: Kṛṣṇa já subiu na quadriga com Seu coração de pedra, e agora os tolos vaqueiros apressam-se a segui-lO em seus carros de boi. Nem mesmo os anciãos dizem algo para detê-lO. Hoje, o destino age contra nós.

VERSO 28: Aproximemo-nos diretamente de Mādhava e não O deixemos partir. O que nos podem fazer os membros mais velhos de nossas famílias e outros parentes? Agora que o destino nos está separan­do de Mukunda, nossos corações já estão infelizes, pois não suportamos perder Sua companhia nem mesmo por uma fração de segundo.

VERSO 29: Quando Ele nos levou à reunião da dança da rāsa, onde desfrutamos de Seus sorrisos afetuosos e encantadores, Suas aprazíveis con­versas secretas, Seus olhares brincalhões e Seus abraços, passamos várias noites como se fossem um único momento. Ó gopīs, como poderemos atravessar a insuperável escuridão de Sua ausência?

VERSO 30: Como podemos existir sem o amigo de Ananta, Kṛṣṇa, que voltava para Vraja ao entardecer em companhia dos vaqueirinhos, com o cabelo e a guirlanda cheios da poeira levantada pelos cascos das vacas? Enquanto tocava flauta, Ele cativava nossa mente com Seus sorridentes olhares de soslaio.

VERSO 31: Śukadeva Gosvāmī disse: Depois de dizerem essas palavras, as damas de Vraja, que eram tão apegadas a Kṛṣṇa, ficaram extremamente agitadas por causa de sua iminente separação dEle. Elas esqueceram toda vergonha e gritaram alto: “Ó Govinda! Ó Dāmodara! Ó Mādhava!”

VERSO 32: Mas enquanto as gopīs ainda choravam dessa maneira, Akrūra, tendo realizado sua adoração matinal e outros deveres ao nascer do sol, começou a dirigir a quadriga.

VERSO 33: Conduzidos por Nanda Mahārāja, os vaqueiros seguiam atrás do Senhor Kṛṣṇa em suas carroças. Os homens levavam para o rei muitas oferendas, incluindo potes de argila cheios de ghī e outros produtos lácteos.

VERSO 34: [Com Seus olhares,] o Senhor Kṛṣṇa de algum modo acalmou as gopīs, que também seguiram atrás por algum tempo. Então, esperando que Ele lhes daria alguma instrução, mantiveram-se paradas.

VERSO 35: Enquanto partia, aquele melhor dos Yadus viu como as gopīs se lamentavam e, por isso, consolou-as enviando um mensageiro com esta promessa amorosa: “Eu retornarei.”

VERSO 36: Enviando suas mentes atrás de Kṛṣṇa, as gopīs ficaram tão imóveis quanto figuras em um quadro. Elas permaneceram ali enquanto era visível a bandeira do alto da quadriga, e até não poderem mais ver a poeira levantada pelas rodas da quadriga.

VERSO 37: As gopīs, então, retornaram – sem esperanças de que Govinda voltaria para elas em algum momento. Tomadas de pesar, elas passavam seus dias e noites cantando sobre os passatempos de seu amado.

VERSO 38: Meu querido rei, o Supremo Senhor Kṛṣṇa, viajando com o Senhor Balarāma e Akrūra naquela quadriga tão veloz quanto o vento, chegou ao rio Kālindī, o qual destrói todos os pecados.

VERSO 39: A doce água do rio reluzia mais do que joias brilhantes. Depois de tocá-la para Se purificar, o Senhor Kṛṣṇa bebeu um pouco dela em Sua mão. Então, fez com que levassem a quadriga até um bosque e voltou a subir nela, junto de Balarāma.

VERSO 40: Akrūra pediu aos dois Senhores que Se sentassem na quadriga. Então, obtendo a permissão dEles, foi a uma lagoa do Yamunā e tomou seu banho conforme prescrevem as escrituras.

VERSO 41: Enquanto imergia na água e recitava mantras eternos dos Vedas, Akrūra de repente viu Balarāma e Kṛṣṇa diante de si.

VERSOS 42-43: Akrūra pensou: “Como os dois filhos de Ānakadundubhi, que estão sentados na quadriga, podem estar aqui na água? Eles devem ter saído da quadriga.” Mas quando ele saiu do rio, lá esta­vam Eles na quadriga, exatamente como antes. Perguntando a si mesmo: “Será que a visão que tive dEles na água foi uma ilusão?”, Akrūra adentrou a lagoa mais uma vez.

VERSOS 44-45: Ali, Akrūra viu desta vez Ananta Śeṣa, o Senhor das serpentes, recebendo louvores dos Siddhas, Cāraṇas, Gandharvas e demônios, todos com a cabeça inclinada. A Personalidade de Deus que Akrūra viu tinha milhares de cabeças, milhares de capelos e mi­lhares de elmos. Seus trajes azuis e tez clara, tão branca como os filamentos do caule de um lótus, faziam-nO parecer a branca montanha Kailāsa com seus muitos picos.

VERSOS 46-48: Akrūra, então, viu a Suprema Personalidade de Deus deitado tranquilamente no colo do Senhor Ananta Śeṣa. A tez daquela Pessoa Suprema era como uma nuvem azul-escura. Ele vestia roupas amarelas, tinha quatro braços e Seus olhos assemelhavam-­se a pétalas de lótus avermelhadas. Seu rosto parecia atraente e jovial com seu afetuoso olhar sorridente e graciosas sobrance­lhas, seu nariz arrebitado e orelhas bem formadas e suas belas bochechas e lábios vermelhos. Os ombros largos do Senhor e Seu peito amplo eram belos, e Seus braços eram compridos e robustos. Seu pescoço parecia um búzio, Seu umbigo era profundo, e Seu abdômen tinha linhas como as de uma folha de figueira-de-bengala.

VERSOS 49-50: Ele tinha dorso e quadris largos, coxas como trombas de elefan­te, e formosos joelhos e pernas. Seus tornozelos salientes refletiam o brilhante fulgor das unhas de Seus dedos semelhantes a péta­las, que Lhe embelezavam os pés de lótus.

VERSOS 51-52: Adornado com um elmo, braceletes e pulseiras, todos incrustados com muitas pedras preciosas, e também com um cinturão, um cordão sagrado, colares, guizos de tornozelo e brincos, o Senhor brilhava com ofuscante refulgência. Em uma das mãos, Ele segurava uma flor de lótus, e nas outras, um búzio, um disco e uma maça. Embelezando-Lhe o peito, havia a marca Śrīvatsa, a brilhante joia Kaustubha e uma guirlanda de flores.

VERSOS 53-55: Rodeando e adorando o Senhor, encontravam-se Nanda, Sunanda e Seus outros assistentes pessoais; Sanaka e os outros Kumāras; Brahmā, Rudra e outros eminentes semideuses; os nove prin­cipais brāhmaṇas; e os melhores dos devotos santos, encabeça­dos por Prahlāda, Nārada e Uparicara Vasu. Cada uma dessas grandes personalidades adorava o Senhor cantando santifica­das palavras de louvor com seu humor todo singular. Servindo, também estavam as principais potências internas do Senhor – Śrī, Puṣṭi, Gīr, Kānti, Kīrti, Tuṣṭi, Ilā e Ūrjā –, bem como Suas potências materiais Vidyā, Avidyā e Māyā, e Sua potência inter­na de prazer, Śakti.

VERSOS 56-57: Enquanto contemplava tudo isso, o sublime devoto Akrūra ficou extremamente satisfeito e entusiasmado com devoção transcendental. Seu intenso êxtase fez com que os pelos de seu corpo se arrepiassem e lágrimas fluíssem de seus olhos, encharcando-lhe todo o corpo. Conseguindo de algum modo controlar-se, Akrūra prostrou a cabeça no chão. Então, de mãos postas em súplica e com a voz embargada de emoção, começou a orar bem devagar e com atenção.

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