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CAPÍTULO VINTE E QUATRO

Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus

Vidarbha teve três filhos, chamados Kuśa, Kratha e Romapāda. Desses três, Romapāda expandiu sua dinastia através dos filhos e netos chamados Babhru, Kṛti, Uśika, Cedi e Caidya, todos os quais, mais tarde, tornaram-se reis. Do filho de Vidarbha, chamado Kratha, veio um filho de nome Kunti, de cuja dinastia vieram os descendentes conhecidos como Vṛṣṇi, Nirvṛti, Daśārha, Vyoma, Jīmūta, Vikṛti, Bhīmaratha, Navaratha, Daśaratha, Śakuni, Karambhi, Devarāta, Devakṣatra, Madhu, Kuruvaśa, Anu, Puruhotra, Ayu e Sātvata. Sātvata teve sete filhos. Um deles foi Devāvṛdha, cujo filho foi Babhru. Outro filho de Sātvata foi Mahābhoja, em quem começa a dinastia Bhoja. Outro foi Vṛṣṇi, que teve um filho chamado Yudhājit. De Yudhājit, vieram Anamitra e Śini, e de Anamitra surgiram Nighna e outro Śini. Os descendentes de Śini foram, sucessivamente, Satyaka, Yuyudhāna, Jaya, Kuṇi e Yugandhara. Outro filho de Anamitra foi Vṛṣṇi. De Vṛṣṇi, veio Śvaphalka, de quem foram gerados Akrūra e outros doze filhos. De Akrūra, vieram dois filhos, chamados Deva­vān e Upadeva. O filho de Andhaka chamado Kukura foi a origem dos descendentes conhecidos como Vahni, Vilomā, Kapotaromā, Anu, Andhaka, Dundubhi, Avidyota, Punarvasu e Āhuka. Āhuka teve dois filhos, chamados Devaka e Ugrasena. Os quatro filhos de Devaka eram conhecidos como Devavān, Upadeva, Sudeva e Devavardhana, e suas sete filhas foram Dhṛtadevā, Śāntidevā, Upadevā, Śrīdevā, Devarakṣitā, Sahadevā e Devakī. Vasudeva se casou­ com todas as sete filhas de Devaka. Ugrasena teve nove filhos, que se chamavam Kaṁsa, Sunāmā, Nyagrodha, Kaṅka, Śaṅku, Suhū, Rāṣṭrapāla, Dhṛṣṭi e Tuṣṭimān, e teve cinco filhas, chamadas Kaṁsā, Kaṁsavatī, Kaṅkā, Śūrabhū e Rāṣṭrapālikā. Os irmãos mais novos de Vasudeva casaram-se com todas as filhas de Ugrasena.

Vidūratha, o filho de Citraratha, teve um filho chamado Śūra, que teve dez outros filhos, dos quais Vasudeva era o principal. Śūra deu uma de suas cinco filhas, Pṛthā, a seu amigo Kunti, de modo que ela também se chamava Kuntī. Quando ainda era solteira, ela deu à luz um filho chamado Karṇa e, mais tarde, casou-se com Mahārāja Pāṇḍu.

Vṛddhaśarmā casou-se com a filha de Śūra chamada Śrutadevā, de cujo ventre nasceu Dantavakra. Dhṛṣṭaketu casou-se com a filha de Śūra chamada Śrutakīrti, que teve cinco filhos. Jayasena casou-se com a filha de Śūra chamada Rājādhidevī. O rei de Cedi-deśa, Da­maghoṣa, casou-se com a filha de Śūra chamada Śrutaśravā, de quem nasceu Śisupāla.

Através do ventre de Kaṁsā, Devabhāga gerou Citraketu e Bṛhadbala, e, através do ventre de Kaṁsavatī, Devaśravā gerou Suvīra e Iṣumān. De Kaṅka, através do ventre de Kaṅkā, vieram Baka, Satyajit e Purujit, e de Sṛñjaya, através do ventre de Rāṣṭrapālikā, vieram Vṛṣa e Durmarṣaṇa. Através do ventre de Śūrabhūmi, Śyāmaka gerou Harikeśa e Hiraṇyākṣa. Através do ventre de Miśrakeśī, Vat­saka gerou Vṛka, quem, por sua vez, gerou os filhos chamados Takṣa, Puṣkara e Śāla. De Samīka, vieram Sumitra e Arjunapāla, e de Ānaka vieram Ṛtadhāmā e Jaya.

Vasudeva teve muitas esposas, entre as quais Devakī e Rohiṇī eram as mais importantes. Do ventre de Rohiṇī, nasceu Baladeva, e também Gada, Sāraṇa, Durmada, Vipula, Dhruva, Kṛta e outros. Vasudeva teve muitos outros filhos com suas outras esposas, e o oi­tavo filho que apareceu do ventre de Devakī foi a Suprema Persona­lidade de Deus, que removeu do mundo inteiro o fardo existente sob a forma de demônios. Em seu final, este capítulo glorifica a Suprema Personalidade de Deus, Vāsudeva.

VERSO 1: Śukadeva Gosvāmī disse: Através do ventre da garota trazida pelo seu pai, Vidarbha gerou três filhos, chamados Kuśa, Kratha e Romapāda. Romapāda era o favorito na dinastia de Vidarbha.

VERSO 2: O filho de Romapāda foi Babhru, de quem veio um filho chamado Kṛti. O filho de Kṛti foi Uśika, e o filho de Uśika foi Cedi. De Cedi, nasceu o rei conhecido como Caidya e outros.

VERSOS 3-4: O filho de Kratha foi Kunti; o filho de Kunti, Vṛṣṇi; o filho de Vṛṣṇi, Nirvṛti, e o filho de Nirvṛti, Daśārha. De Daśārha, surgiu Vyoma; de Vyoma, Jīmūta; de Jīmūta, Vikṛti; de Vikṛti, Bhīmaratha; de Bhīmaratha, Navaratha, e de Navaratha, Daśaratha.

VERSO 5: De Daśaratha, veio um filho chamado Śakuni, e de Śakuni, um filho chamado Karambhi. O filho de Karambhi foi Devarāta, cujo filho foi Devakṣatra. O filho de Devakṣatra foi Madhu, e seu filho foi Kuruvaśa, de quem veio um filho chamado Anu.

VERSOS 6-8: O filho de Anu foi Puruhotra, o filho de Puruhotra foi Ayu, e o filho de Ayu foi Sātvata. Ó grande rei ariano, Sātvata teve sete filhos, chamados Bhajamāna, Bhaji, Divya, Vṛṣṇi, Devāvṛdha, Andhaka e Mahābhoja. Em uma de suas esposas, Bhajamāna gerou três filhos – Nimloci, Kiṅkaṇa e Dhṛṣṭi. E de sua outra esposa, vieram três outros filhos – Śatājit, Sahasrājit e Ayutājit.

VERSO 9: O filho de Devāvṛdha foi Babhru. Com relação a Devāvṛdha e Babhru, existem duas famosas melodias sob a forma de prece, que eram cantadas por nossos predecessores e que ouvimos à distância. Até o dia de hoje, continuo ouvindo as mesmas orações que narram suas qualidades [porque aquilo que foi ouvido anteriormente ainda é cantado continuamente.]

VERSOS 10-11: “Chegou-se à conclusão de que, entre os seres humanos, Babhru é o melhor, e de que Devāvṛdha é igual aos semideuses. Devido ao fato de terem se associado com Babhru e Devāvṛdha, todos os seus descendentes, perfazendo o total de 14.065, alcançaram a liberação.” Na dinastia do rei Mahābhoja, que era muitíssimo religioso, apareceram os reis Bhoja.

VERSO 12: Ó rei, Mahārāja Parīkṣit, ó soberano capaz de subjugar teus ini­migos, os filhos de Vṛṣṇi foram Sumitra e Yudhājit. De Yudhājit, vieram Śini e Anamitra, e de Anamitra, veio um filho chamado Nighna.

VERSO 13: Os dois filhos de Nighna foram Satrājita e Prasena. Anamitra também teve um filho que se chamava Śini, cujo filho foi Satyaka.

VERSO 14: O filho de Satyaka foi Yuyudhāna, cujo filho foi Jaya. De Jaya, veio um filho chamado Kuṇi, e de Kuṇi, um filho chamado Yugan­dhara. Outro filho de Anamitra foi Vṛṣṇi.

VERSO 15: De Vṛṣṇi, vieram os filhos chamados Śvaphalka e Citraratha. Em sua esposa Gāndinī, Śvaphalka gerou Akrūra. Akrūra era o mais velho, mas havia outros doze filhos, todos os quais eram muito célebres.

VERSOS 16-18: Os nomes desses doze eram Āsaṅga, Sārameya, Mṛdura, Mṛduvit, Giri, Dharmavṛddha, Sukarmā, Kṣetropekṣa, Arimardana, Śatrughna, Gandhamāda e Pratibāhu. Esses irmãos também tinham uma irmã chamada Sucārā. De Akrūra, vieram dois filhos, chamados Devavān e Upadeva. Citraratha teve muitos filhos, encabeçados por Pṛthu e Vidūratha, todos os quais eram conhecidos como pertencentes à di­nastia de Vṛṣṇi.

VERSO 19: Kukura, Bhajamāna, Śuci e Kambalabarhiṣa foram os quatro filhos de Andhaka. O filho de Kukura foi Vahni, e seu filho foi Vilomā.

VERSO 20: O filho de Vilomā foi Kapotaromā, e seu filho foi Anu, amigo de Tumburu. De Anu, veio Andhaka; de Andhaka, Dundubhi, e de Dundubhi, Avidyota. De Avidyota, veio um filho chamado Punarvasu.

VERSOS 21-23: Punarvasu teve um filho e uma filha, chamados Āhuka e Āhukī, respectivamente, e Āhuka teve dois filhos, chamados Devaka e Ugra­sena. Devaka teve quatro filhos, chamados Devavān, Upadeva, Sudeva e Devavardhana, e teve também sete filhas, chamadas Śānti­devā, Upadevā, Śrīdevā, Devarakṣitā, Sahadevā, Devakī e Dhṛta­devā. Dhṛtadevā era a mais velha. Vasudeva, o pai de Kṛṣṇa, casou-se com todas elas.

VERSO 24: Kaṁsa, Sunāmā, Nyagrodha, Kaṅka, Śaṅku, Suhū, Rāṣṭrapāla, Dhṛṣṭi e Tuṣṭimān foram os filhos de Ugrasena.

VERSO 25: Kaṁsā, Kaṁsavatī, Kaṅkā, Śūrabhū e Rāṣṭrapālikā foram as filhas de Ugrasena. Elas se tornaram as esposas dos irmãos mais novos de Vasudeva.

VERSO 26: O filho de Citraratha foi Vidūratha, o filho de Vidūratha foi Śūra, e seu filho foi Bhajamāna. O filho de Bhajamāna foi Śini, o filho de Śini foi Bhoja, e o filho de Bhoja foi Hṛdika.

VERSO 27: Os três filhos de Hṛdika foram Devamīḍha, Śatadhanu e Kṛtavarmā. O filho de Devamīḍha foi Śūra, cuja esposa chamava-se Māriṣā.

VERSOS 28-31: Através de Māriṣā, o rei Śūra gerou Vasudeva, Devabhāga, Devaśravā, Ānaka, Sṛñjaya, Śyāmaka, Kaṅka, Śamīka, Vatsaka e Vṛka. Esses dez filhos eram personalidades piedosas e imaculadas. Quando Vasudeva nasceu, os semideuses do reino celestial ressoaram timbales. Portanto, Vasudeva, que propiciou o lugar adequado para o aparecimento da Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, também era conhecido como Ānakadundubhi. As cinco filhas do rei Śūra, chamadas Pṛthā, Śrutadevā, Śrutakīrti, Śrutaśravā e Rājādhidevī, eram irmãs de Vasudeva. Śūra deu Pṛthā ao seu amigo Kunti, que não tinha descendentes, de modo que outro nome de Pṛthā era Kuntī.

VERSO 32: Certa vez, quando Durvāsā era um visitante na casa do pai de Pṛthā, Kunti, Pṛthā satisfez Durvāsā, prestando-lhe serviço. Por isso, ela recebeu o poder místico pelo qual podia chamar qualquer semi­deus. Para testar a potência desse poder místico, a piedosa Kuntī imediatamente chamou o deus do Sol.

VERSO 33: Tão logo Kuntī chamou o semideus do Sol, ele apareceu diante dela, causando-lhe imenso espanto. Ela disse ao deus do Sol: “Eu estava apenas examinando a eficácia deste poder místico. Lamento ter-te chamado desnecessariamente. Por favor, retorna e perdoa-me.”

VERSO 34: O deus do Sol disse: Ó bela Pṛthā, teu encontro com os semideuses não pode ser infrutífero. Portanto, deixa que eu deposite minha semente em teu ventre para que possas gerar um filho. Providencia­rei para que tua virgindade se mantenha intacta, visto que ainda és jovem e solteira.

VERSO 35: Após dizer essas palavras, o deus do Sol colocou seu sêmen no ventre de Pṛthā e, então, retornou ao reino celestial. Logo a seguir, nasceu de Kuntī uma criança, que parecia outro deus do Sol.

VERSO 36: Porque temia ser criticada pelas pessoas, Kuntī, que gostava muito de seu filho, teve muita dificuldade em perder o afeto por ele. Contra a sua vontade, ela escondeu a criança numa cesta e deixou-a flutuar nas águas do rio. Ó Mahārāja Parīkṣit, teu bisavô, o piedoso e cava­lheiresco rei Pāṇḍu, casou-se com Kuntī mais tarde.

VERSO 37: Vṛddhaśarmā, o rei de Karūṣa, casou-se com a irmã de Kuntī, Śrutadevā, e, do ventre desta, nasceu Dantavakra. Tendo sido amaldiçoado pelos sábios encabeçados por Sanaka, Dantavakra nascera anterior­mente como o filho de Diti chamado Hiraṇyākṣa.

VERSO 38: O rei Dhṛṣṭaketu, o soberano de Kekaya, desposou Śrutakīrti, outra irmã de Kuntī. Śrutakīrti teve cinco filhos, encabeçados por Santardana.

VERSO 39: Através do ventre de Rājādhidevī, outra irmã de Kuntī, Jayasena gerou dois filhos, chamados Vinda e Anuvinda. De maneira seme­lhante, o rei do estado de Cedi desposou Śrutaśravā. Esse rei cha­mava-se Damaghoṣa.

VERSO 40: O filho de Śrutaśravā foi Śisupāla, cujo nascimento já foi descrito [no sétimo canto do Śrīmad-Bhāgavatam]. O irmão de Vasudeva chamado Devabhāga teve dois filhos com sua esposa, Kaṁsā. Esses dois filhos foram Citraketu e Bṛhadbala.

VERSO 41: O irmão de Vasudeva chamado Devaśravā desposou Kaṁsavatī, em quem ele gerou dois filhos, chamados Suvīra e Iṣumān. Kaṅka, através de sua esposa Kaṅkā, gerou três filhos, chamados Baka, Satyajit e Purujit.

VERSO 42: Através de sua esposa, Rāṣṭrapālikā, o rei Sṛñjaya gerou filhos en­cabeçados por Vṛṣa e Durmarṣaṇa. O rei Śyāmaka, através de sua esposa, Śūrabhūmi, gerou dois filhos, chamados Harikeśa e Hiraṇyākṣa.

VERSO 43: Em seguida, o rei Vatsaka, através do ventre de sua esposa, Miśra­keśī, que era uma Apsarā, gerou filhos encabeçados por Vṛka. Vṛka, através de sua esposa, Durvākṣī, gerou Takṣa, Puṣkara, Śāla e assim por diante.

VERSO 44: De Samīka, através do ventre de sua esposa, Sudāmanī, vieram Sumitra, Arjunapāla e outros filhos. O rei Ānaka, através de sua es­posa, Karṇikā, gerou dois filhos, a saber, Ṛtadhāmā e Jaya.

VERSO 45: Devakī, Pauravī, Rohiṇī, Bhadrā, Madirā, Rocanā, Ilā e outras eram todas esposas de Ānakadundubhi [Vasudeva]. Entre todas elas, Devakī era a principal.

VERSO 46: Vasudeva, através do ventre de sua esposa Rohiṇī, gerou filhos tais como Bala, Gada, Sāraṇa, Durmada, Vipula, Dhruva, Kṛta e outros.

VERSOS 47-48: Do ventre de Pauravī, vieram doze filhos, incluindo Bhūta, Subhadra, Bhadrabāhu, Durmada e Bhadra. Nanda, Upananda, Kṛtaka, Śūra e outros nasceram do ventre de Madirā. Bhadrā [Kauśalyā] deu à luz apenas um filho, chamado Keśī.

VERSO 49: Vasudeva, através de outra de suas esposas, cujo nome era Rocanā, gerou Hasta, Hemāṅgada e outros filhos. E através de sua esposa chamada Ilā, ele gerou filhos encabeçados por Uruvalka, todos os quais foram importantes personalidades na dinastia de Yadu.

VERSO 50: Do ventre de Dhṛtadevā, uma das esposas de Ānakadundubhi [Vasudeva], veio um filho chamado Vipṛṣṭha. Os filhos de Śāntidevā, outra esposa de Vasudeva, foram Praśama, Prasita e outros.

VERSO 51: Vasudeva também tinha uma esposa chamada Upadevā, de quem vieram dez filhos, encabeçados por Rājanya, Kalpa e Varṣa. De Śrīdevā, outra esposa, vieram seis filhos, tais como Vasu, Haṁsa e Suvaṁśa.

VERSO 52: Através do sêmen de Vasudeva, nasceram no ventre de Devarakṣitā nove filhos, encabeçados por Gadā. Vasudeva, que era a religião personificada, também tinha uma esposa chamada Sahadevā, em cujo ventre ele gerou oito filhos, encabeçados por Śruta e Pravara.

VERSOS 53-55: Os oito filhos nascidos de Sahadevā, tais como Pravara e Śruta, eram as próprias encarnações dos oito Vasus dos planetas celestiais. Através do ventre de Devakī, Vasudeva também gerou oito filhos muitíssimo qualificados. Entre eles, estavam Kīrtimān, Suṣeṇa, Bhadrasena, Ṛju, Sammardana, Bhadra e Saṅkarṣaṇa, o controlador e a encarnação que assumiu a forma de serpente. O oitavo filho foi diretamente a Suprema Personalidade de Deus – Kṛṣṇa. A afortuna­díssima Subhadrā, a única filha, foi tua avó.

VERSO 56: Sempre que os princípios da religião se deterioram e os princípios da irreligião aumentam, o controlador supremo, a Personalidade de Deus, Śrī Hari, aparece por Sua própria vontade.

VERSO 57: Ó rei, Mahārāja Parīkṣit, o único motivo do aparecimento, desaparecimento ou atividades do Senhor é o Seu desejo pessoal. Como a Superalma, Ele conhece tudo. Logo, não há causa que O afete – não O afetam nem mesmo os resultados das atividades fruitivas.

VERSO 58: Através de Sua energia material, a Suprema Personalidade de Deus age na criação, manutenção e aniquilação desta manifestação cósmica apenas para libertar a entidade viva com Sua compaixão e extin­guir o nascimento, a velhice e a duração da vida materialista da en­tidade viva. Com isso, Ele capacita o ser vivo a retornar ao lar, a retornar ao Supremo.

VERSO 59: Embora os demônios que se apossam do governo se façam passar por homens do governo, eles não conhecem o dever do governo. Consequentemente, por arranjo de Deus, tais demônios, que possuem grande força militar, lutam entre si, reduzindo o grande fardo de demônios na superfície da Terra. Pela vontade do Supremo, os demônios aumentam seu poder militar para que o seu número decresça e os devotos tenham a oportunidade de avançar em consciência de Kṛṣṇa.

VERSO 60: A Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, com a cooperação de Saṅkarṣaṇa, Balarāma, executou atividades que ultrapassam a com­preensão mental de personalidades tais como o senhor Brahmā e o senhor Śiva. [Por exemplo, Kṛṣṇa providenciou a batalha de Kurukṣetra para matar muitos demônios a fim de que o mundo inteiro ficasse aliviado.]

VERSO 61: Para mostrar misericórdia imotivada aos devotos que no futuro nasceriam nesta era de Kali, a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, agiu de tal maneira que, pelo simples fato de lembrar-se dEle, a pessoa se libertará de toda a lamentação e infelicidade da existência material. [Em outras palavras, através de Sua ação, Ele propiciou que todos os futuros devotos, aceitando as instruções da consciência de Kṛṣṇa contidas na Bhagavad-gītā, pudessem aliviar-se das dores da existência material.

VERSO 62: Pelo simples fato de receber as glórias do Senhor através de ouvi­dos transcendentais purificados, os devotos do Senhor libertam-se de imediato dos fortes desejos materiais e das ocupações em atividades fruitivas.

VERSOS 63-64: Com a ajuda dos descendentes de Bhoja, Vṛṣṇi, Andhaka, Madhu, Śūrasena, Daśārha, Kuru, Sṛñjaya e Pāṇḍu, o Senhor Kṛṣṇa executou diversas atividades. Com Seu sorriso agradável, Seu comportamento afetuoso, Suas instruções e Seus passatempos incomuns, tais como erguer a colina Govardhana, o Senhor, aparecendo em Seu corpo transcendental, satisfez toda a sociedade humana.

VERSO 65: O rosto de Kṛṣṇa está decorado com ornamentos, tais como brincos em formato de tubarões. Suas orelhas são belas, as maçãs de Seu rosto são brilhantes, e Seu sorriso atrai a todos. Todo aquele que olha para o Senhor Kṛṣṇa vê um festival. Seu rosto e Seu corpo dão plena sa­tisfação a todos que os veem, mas os devotos ficam irados contra o criador por causa do distúrbio causado pelo momentâneo piscar dos olhos.

VERSO 66: A Suprema Personalidade de Deus, Śrī Kṛṣṇa, conhecido como Līlā-puruṣottama, apareceu como o filho de Vasudeva, mas logo deixou o lar de Seu pai e foi a Vṛndāvana para expandir Seu relacionamento amoroso com Seus devotos íntimos. Em Vṛndāvana, o Senhor matou muitos demônios, após o que retornou a Dvārakā, onde, de acordo com os princípios védicos, Ele teve muitas esposas, que eram as me­lhores das mulheres. O Senhor gerou centenas de filhos nelas e, para estabele­cer os princípios da vida familiar, executou sacrifícios que visavam à Sua própria adoração.

VERSO 67: Em seguida, o Senhor Śrī Kṛṣṇa criou um desentendimento entre os membros familiares apenas para diminuir o fardo do mundo. Mediante Seu simples olhar, ele aniquilou todos os reis demoníacos no campo de batalha de Kurukṣetra e declarou Arjuna vitorioso. Por fim, Ele instruiu Uddhava sobre a vida transcendental e a devoção e, então, retornou à Sua morada em Sua forma original.

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